As forças de segurança israelenses mataram a tiros dois manifestantes palestinos adolescentes durante confrontos na Cisjordânia na terça-feira, disseram o Ministério da Saúde da Palestina e o grupo militante Jihad Islâmica.

A violência nas ruas eclodiu depois que as forças especiais israelenses cercaram a casa de Ibrahim al-Nabulsi em Nablus. O comandante militante palestino, suspeito de estar por trás de vários ataques em Israel, recusou-se a se render e foi morto junto com outro atirador.

De acordo com relatos da mídia, poucas horas após o tiroteio, milhares de palestinos se reuniram para prestar suas últimas homenagens a al-Nabulsi, com pedidos de vingança feitos durante o cortejo fúnebre.

Confrontos violentos aconteceram logo depois, com os militares israelenses confirmando que suas tropas abriram fogo contra grupos de palestinos que estavam jogando pedras e lançando fogos de artifício contra os soldados.

A Jihad Islâmica mais tarde afirmou que um jovem de 16 anos foi morto nos confrontos, enquanto na cidade de Hebron, as autoridades de saúde palestinas relataram a morte de outro jovem de 17 anos, que sucumbiu aos ferimentos no hospital.

Cerca de 40 palestinos também teriam sofrido ferimentos.

Nenhuma vítima israelense foi relatada até agora.

A escalada na Cisjordânia ocorreu dias depois que Israel e a Jihad Islâmica selaram uma trégua no domingo, que pôs fim à operação militar de Israel na Faixa de Gaza, visando o grupo militante. Três dias de ataques israelenses mataram pelo menos 44 palestinos. De acordo com autoridades israelenses, alguns dos principais comandantes da Jihad Islâmica estavam entre os mortos.

O grupo palestino respondeu disparando rajadas de mísseis contra Israel, embora nenhuma vítima tenha sido relatada como resultado, com o sistema de defesa aérea Iron Dome do país interceptando alguns dos foguetes recebidos.

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