teste pedido por militares não detectou falhas nas urnas eletrônicas
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre
de Moraes, informou nesta quinta-feira (6) que o teste de integridade, realizado
em 641 urnas eletrônicas no último domingo (6), dia do primeiro turno das eleições,
não detectou qualquer problema nas máquinas, inclusive em 58 que foram
submetidas à biometria em seções eleitorais, como pediram as Forças Armadas. “Como
só poderia acontecer, obviamente, conferiram os votos dados nas urnas com os
votos dados em papel. Lembrando que o teste de integridade é filmado integralmente”,
disse o ministro.
O teste de integridade consiste em retirar da eleição uma
amostra das urnas. Nelas, votos previamente preparados, com candidatos reais,
são digitados e também registrados em cédulas físicas. Ao final, os resultados
são comparados. Desde 2002, nunca foi registrada discrepância. Neste ano,
atendendo a um pleito dos militares, o TSE aumentou de cerca de 100 para 641 a
quantidade de urnas testadas.
Além disso, em 58 delas, espalhadas por 19 estados e Distrito Federal, eleitores voluntários liberaram o funcionamento com biometria em sala próxima da seção em que seriam usadas – o objetivo era fazer o teste nas condições mais próximas de uso normal, de modo a impedir que a urna identificasse que estava sendo testada e assim, se comportar de maneira regular. Na sessão, Moraes informou que 493 pessoas aceitaram participar. Depois, o TSE divulgou uma tabela que contabiliza comparecimento de 2.044 voluntários.
“Da mesma forma, não houve nenhuma divergência, 100% de aprovação
no teste de integridade com biometria. Ou seja, novamente, no primeiro turno das
eleições de 2022, se repetiu o que houve nas eleições de 2020, 2018, 2016,
2014, 2012, 2010, 2008, 2006, 2004 e 2002. 20 anos de absoluta lisura das urnas
eletrônicas, com comprovação imediata pelo teste de integridade”, disse Moraes.