Um terço do Paquistão está debaixo d’água como resultado de inundações causadas por chuvas recordes de monções, disse a ministra de mudanças climáticas do país do sul da Ásia, Sherry Rehman.

“É tudo um grande oceano, não há terra seca para bombear a água” Rehman disse à agência de notícias AFP na segunda-feira.

O Paquistão abrange 881.913 quilômetros quadrados (340.509 milhas quadradas), o que o torna o 33º maior país do mundo em área, à frente de países como Turquia, França e Alemanha. Habitada por quase 242 milhões de pessoas, é também a quinta nação mais populosa do mundo.

O que está acontecendo no Paquistão agora é “muito longe de uma monção normal – é a distopia climática à nossa porta”, disse o ministro.

As inundações criaram uma crise de “proporções inimagináveis” no país, acrescentou.

Em uma entrevista separada com a Deutsche Welle, Rehman afirmou que “tivemos que implantar a marinha pela primeira vez para operar no Indo-Paquistão” porque essas vastas áreas estão sendo cobertas com água.

O número de mortos desde meados de junho pelas chuvas das monções chegou a 1.061 na segunda-feira, segundo a Agência Nacional de Gerenciamento de Desastres.

Mais de 3.000 estradas foram destruídas, com 130 pontes e 495.000 casas danificadas por enchentes, disse a agência.

Rehman estimou na semana passada que o desastre afetou cerca de 33 milhões de pessoas no país.

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