Terceirização em fábrica da Mercedes-Benz gera a demissão de 3,6 mil


Fábrica da Mercedes-Benz (Foto: Divulgação)

Há cerca de duas semanas, a Mercedes-Benz anunciou que irá demitir 3.600 – sendo 2.200 em empregos diretos e 1.400 trabalhadores temporários – em sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP), que produz caminhões e ônibus. A montadora tem cerca de 10,4 mil trabalhadores nesta unidade. As missões devem ser efetivadas até o final deste ano.

Em protesto, os trabalhadores são uma paralisação de três dias, entre 9 e 12 de setembro. O Sinal dos Metalúrgicos do ABC iniciou o processo de negociação com a direção da fábrica, mas a primeira reunião terminou sem avanços.

Entenda a situação da fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo

Fábrica da Mercedes-Benz em SBC produção de caminhões e ônibus (Foto: Divulgação)

As mudanças na fábrica da Mercedes-Benz envolvem a terceirização de parte da produção. Segundo a empresa, a decisão é focar na fabricação de “caminhões e chassis de ônibus e no desenvolvimento de tecnologias e serviços do futuro”.

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“Iniciar a produção de alguns dispositivos de ativação de atividades que podem ser executados internamente por outras empresas parceiras, como: logística, fabricação e montagem de componentes antecipados e de transmissão média, então fabricados internamente na fábrica de São transmissão e mídia Bernardo e que passarão a ser declarados pelas empresas contratadas”, afirma do Campo Mercedes (Benz em nota.

A montadora destaca ainda que a preferência é pela contratação de empresas “na região do Grande ABC, em compromisso com a nossa comunidade local”. A empresa diz ainda que a cadeia de novos fornecedores deve gerar grande volume de negócios.

A Mercedes-Benz está instalada no Brasil há mais de 65 anos.

Sindicato tenta reverter demissões na fábrica da Mercedes-Benz

Assembleia dos metalúrgicos que decidiu pela paralisação da fábrica da Mercedes-Benz (Foto: Adonis Guerra/Sindicato dos Metalúrgicos do ABC)

A primeira reunião do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com a Mercedes-Benz, foi realizada no último dia 13 e terminou sem avanços. O conjunto de atalhos pode ser afirmado e não assumido como funções.

De acordo com o projeto, foram apresentados pelos representantes da empresa referências à situação econômica da planta e das áreas envolvidas não de contratação desejada. O objetivo é ter atividades como logística, fabricação e montagem de eixos alternativos da transmissão, ferramentaria e laboratórios, hoje feito internamente.

A entidade reiterou que não aceitará a dispensa dos trabalhadores. As partes nem chegaram a um contrato de um programa de missão contratado (PDV), ferramenta alternativa para o desligamento de 2 como última, alternativa2 para o desligamento de 2 mil empregados. Os outros 1,4 mil temporários não precisam ter seus contratos renovados.

O diretor-executivo do Indicativo Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira da Silva, destaca que os temas como a situação do mercado de caminhões, perspectivas, necessidade de manutenção de áreas, falta de peças e semicondutores vêm sendo discutidos com a direção da fábrica há algum tempo.

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“Temos dialogado sobre essas questões. A direção da Mercedes começou a apresentar um ambiente em que a empresa não tem dado o lucro esperado. A matriz teve que fazer um aporte no Brasil, e, segundo eles, era preciso começar a contestar a planta de São Bernardo para não acontecer o pior”, explica Silva.

Fábrica da Mercedes-Benz produz motores para caminhões e caminhões (Foto: Divulgação)

“Temos a intenção desse momento esse debate, segurado e negociando o futuro fábrica. É um desafio colocado, além de outros complicados como o fato de o governo querer importar 3.500 ônibus elétricos e não termos uma regra para o regime automotivo brasileiro”, ressalta.

A Mercedes-Benz, em comunicado, reforça “vamos imprensa por todos os exercícios, que podem ser feitos com uma solução para a sociedade.”

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Paulo Silveira

Paulo SilveiraJornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargas de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

Referência: https://garagem360.com.br/terceirizacao-em-fabrica-da-mercedes-benz-gera-a-demissao-de-36-mil/

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