Tecnologias novas para carros “mãos livres” são seguras?  Especialista fala


Uso de aparelhos mãos livres: segurança ou ilusão? (Foto: Ford)

Cada vez mais fabricantes de automóveis, incluindo tecnologias novas para carros, como a mãos livres. O recurso permite, por exemplo, que motoristas manuseiem ou som do veículo, conversem por telefone e até mandem mensagens de texto sem fazer o uso das mãos.

Tudo por meio de um sistema que funciona por privacidade de voz. Será que o uso de aparelhos com tais instrumentos de fato proporciona segurança ao dirigir? Quem reporta ao Garagem360 é engenheiro Tiago Santana – também gerente de Engenharia de Riscos da Zurich no Brasil. Leia na íntegra!

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(Divulgação)

Uso de aparelhos mãos livres: segurança ou ilusão

Santana começa a fazer um caso judicial nos Estados Unidos, citando um caso de ocorrência de um automóvel em 2015 e que resultou na morte do Estado Unidos, citando um caso de correspondência de uma questão.

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O especialista conta que o advogado de defesa, cujo cliente foi acusado de homicídio qualificado devido à troca de mensagens de texto enquanto dirigia, argumentou que o réu não violou a lei em vigor, porque ele estava usando um recurso mãos livres.

“De fato, o uso deste tipo de mecanismo não é crime de trânsito nos Estados Unidos – assim como não é no Brasil. Mas o apresenta uma oportunidade para refletirmos a respeito”, ressalta Santana.

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(Foto: reprodução)

Analisando dados sobre as tecnologias novas para carros

Segundo a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) o uso de viva-voz e recurso se conectar via bluetooth aos aparelhos de som dos veículos, é responsável por cerca de 57% dos acidentes de trânsito que acontecem no país entre motoristas com idade na faixa de 20 a 39 anos.

“Parece incerto que dispositivos que mantêm as mãos no volante e os olhos na estrada representam riscos de direção distraída”, observa o especialista.

Santana continua e que, no entanto, busca mesmo comentar a distração de falar ao telefone criando resultados de perigos. Psicólogos da Universidade de Sussex, na Inglaterra, publicaram em 2016 um estudo que mostrou que motoristas imersos em conversas que ativam a imaginação faz com que enxerguem menos riscos ao dirigir.

“Também indicou que falaria com outros traz menos do que falar ao celular, porque os perigos tendem a moderar a discussão se tornarem aparentes e os pilotos não são esperados quando não são verbais que criam um bate-papo menos claramente mentalmente. Sem essas características visuais, exige-se mais atenção da parte dos motoristas, obrigando-os como situações narradas ao telefone”, pondera o engenheiro e gerente de Engenharia de Riscos da Zurich no Brasil.

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Ilustrativa(Foto: Divulgação)

Conselho Nacional de Segurança

Santana segue e cita o National Safety Council (NSC), dos EUA, também de orientação a distração e riscos técnicos com o estudo “Understanding the Distracted Brain: Why Driving While Using Hands-free Cell Phones Is Risky Behavior” (“ Compreendendo o Cérebro Distraído: Porque é Arriscado Usar Celular com o Recurso com Hands-free Enquanto Dirigimos”, em tradução livre).

“A conclusão de uma pesquisa de 2012, que se baseou em 30 científicas, foi de que prestar atenção a uma voz que não está presente contribuindo para inúmeras deficiências de direção”, conclui o especialista.

Os motoristas e as empresas para as quais trabalham, podem considerar o uso do telefone ao volante como uma parte fundamental de uma atividade.

“No entanto, o NSC afirma que este conceito é um mito, e vaticina: ‘o cérebro humano não realiza duas tarefas ao mesmo tempo. Ao invés disso, lida com elas de forma sequencial, alternando entre uma e outra. Ele pode fazer um malabarismo rápido, levando-nos erroneamente a acreditar que estamos fazendo duas coisas de forma simultânea‘”, fala.

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(Foto: Divulgação)

Faltam leis e políticas

De acordo com o engenheiro, ainda que uso de celulares e de outras tecnologias móveis durante a direção, muitos dispositivos permitidos com recursos mãos livres.

“Porém, a maioria delas conta com um enorme ‘ponto cego’ em relação à distração cognitiva, tanto que o relatório da NSC fala de ‘cegueira por falta de atenção’, bem como atesta que os funcionários olham para a frente quando usam celulares, mas perdem até 50% das informações do ambiente”, ressalta o gerente da Zurique.

Para o especialista, antes de fazer uso destes aparelhos, os motoristas devem perguntar: vale a pena colocar a minha vida e de outros por causa de uma ligação ou de uma mensagem não respondida?

“Estou realmente seguro em optar por fazer uso de tecnologias mãos livres? Consigo de fato minha mente atenta ao trânsito enquanto converso com outra pessoa, mesmo que somente por voz?”, indagar e refletir Santana.

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Foto ilustrativa
Como respostas para uma pergunta…

Por fim, o especialista e gerente de engenharia fala que, certamente, perguntas, as respostas a todas essas perguntas, se dadas com franqueza, serão respondidas com franqueza.

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“Então eis as dicas então: fale, mas se for de fato necessário, pare o veículo em local seguro e depois dos recursos que a tecnologia proporciona”, finaliza Tiago Santana.

Tiago Santana

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Érica Franco

Érica FrancoJornalista por formação com mais de 15 anos de experiência em redação geral e automobilística. Passagens pelo caderno “Máquina e Moto” do Jornal Agora São Paulo, Folha online, Jovem Pan, Uol, Mil Milhas, Revista Consumidor Moderno, Portal No Varejo, entre outros. Atualmente dedica-se a editora do portal Garagem360, atribuindo-se a função de padrão de qualidade dos conteúdos veiculados.

Referência: https://garagem360.com.br/tecnologias-novas-para-carros-hands-free-sao-seguras-especialista-fala/

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