Sentimento sobre a economia brasileira em setembro foi complexo, diz levantamento Por Investing.com
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Em meio a tensões globais nos mercados, diante da alta nos juros, possiblidade de recessão e da guerra na Ucrânia, o mês de setembro trouxe alguns sinais de alento no mercado local. Por exemplo, o acumulou alta no mês, a estimativa para a inflação () baixou e a do subiu.
Porém, segundo a Delta Analytics, não é possível falar que foi um mês de tranquilidade. Dados do Relatório Climático Emocional feito pela empresa mostram que o humor sobre a economia no período foi uma mistura complexa de sensações. O levantamento levou em conta dados de expressão do público pela internet e o noticiário do período.
Do lado do público, a maior ocorrência de emoções para de setembro foram de “medo” (16,09%) “aversão” (14,07%) e “felicidade” (11,3%). E, dentro do mês, também houve uma montanha-russa de sentimentos: começou com tristeza, que atingiu um pico no dia 3 e, depois, quem chegou ao topo, no dia 11, foi o medo. “Isso, talvez, esteja ligado ao medo de violência nas vésperas de uma eleição histórica, com o anúncio próximo de que a importação de armas havia chegado ao seu nível mais alto nos últimos 25 anos”, estima a empresa.
Em seguida, o levantamento notou um pico rápido de “felicidade” em 14 de setembro, e uma queda brusca de “medo” no dia 23. “Isso pode estar conectado a notícias econômicas mais positivas de que o Brasil estava retornando aos níveis de crescimento pós-pandêmicos.”. Entretanto, o mês terminou com o crescimento de sentimentos de “medo” e “aversão”, no dia 30. A empresa considerou 70 bilhões de fontes de dados computadas para estimar o sentimento do público na web.
Noticiário
Mas, se houve bastante oscilação no humor do público sobre a economia no mês, a análise do noticiário indica que os acontecimentos não facilitaram a vida de ninguém. Das notícias publicadas no período, a maior ocorrência de emoções foi de “felicidade” (18,88%) “expectativa” (15,91%); e “solidão” (15,29%).
Aqui, o levantamento detectou um início de felicidade “sem dúvida, relacionado com as notícias surpreendentes de que a economia brasileira estava crescendo mais rápido e forte do que o esperado”. Depois, picos de “expectativa”, “medo” e “solidão”, provavelmente relacionado ao discurso de Jair Bolsonaro na ONU, diz o relatório. No fim do mês, as notícias voltam a transparecer “expectativa”, “tristeza” e “felicidade”, novamente, apoiada em dados e perspectivas positivas para a economia.
Para o levantamento das notícias, a Delta Analytics levou em conta 8,956 fontes de dados.