Relembre um dos jogos mais suspeitos da história das Copas
A Copa do Mundo é o torneio mais importante do futebol. No entanto, apesar do seu valor, vários episódios polêmicos marcam sua história. E um dos que mais geram suspeitas até hoje é o jogo entre Coreia do Sul e Itália, na edição de 2002.
Na primeira edição de Copa que não aconteceu na Europa ou na América – e teve Japão e Coreia do Sul como sedes -, os sul-coreanos se classificaram em primeiro no grupo D, com sete pontos. Os asiáticos enfrentariam a Itália, que avançou em segundo no grupo G.
A Itália de Buffon, Paolo Maldini, Del Piero e Totti era a favorita. No entanto, o mundo assistiria a um dos jogos mais suspeitos da história das Copas. A Azzurra foi melhor e vencia a maior parte do jogo por 1 a 0, até que a Coreia do Sul empatou aos 42 minutos do segundo tempo. A partida iria para a prorrogação. Vale lembrar que na época, valia o gol de ouro, ou seja, o primeiro a marcar na prorrogação ganharia.
Aos 12 minutos do primeiro tempo da prorrogação, o primeiro lance polêmico: Totti recebeu a bola, invadiu a área e foi derrubado por Song Chong-Gug. A decisão do árbitro foi dar amarelo a Totti por simulação – sendo que ele já tinha cartão e acabou expulso.
As polêmicas não acabaram por aí: mesmo com um jogador a menos, a Itália buscava o jogo. Aos quatro minutos do segundo tempo, Vieri tocou para Tommasi sair na cara do gol, já tirando do goleiro, mas a arbitragem marcou um impedimento que não existiu.
A Coreia do Sul marcou o gol de ouro faltando cinco minutos para acabar o jogo. Em cruzamento de Lee Young-Pyo para a área, Ahn Jung-Hwan tocou de cabeça e selou a classificação para as quartas de final das anfitriãs.
Italianos na bronca
A repercussão na época foi gigante. Alessandro Nesta afirmou à imprensa: “Um árbitro com 20 quilos em excesso de peso não pode ser escalado. Ele estava sempre longe, sempre chegada atrasado. No lance da expulsão, estrava há 45 metros. Foi escandaloso, nunca vi nada parecido. Nunca pensei em encerrar minha carreira na seleção desta maneira. Tudo que queríamos era uma arbitragem equitativa”.