O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou nesta segunda-feira (27) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na Petrobras. Neste domingo (26), uma matéria do site Metrópoles mostrou que o ex-presidente da estatal Roberto Castello Branco afirmou ter mensagens em seu antigo celular corporativo que poderiam incriminar Bolsonaro. O aparelho foi devolvido à companhia após a saída dele do cargo.
A declaração foi feita no grupo de WhatsApp “Economistas do Brasil”. A ação foi movida com base nas mensagens divulgadas. “Toda vez que ele [Bolsonaro] produz uma crise, com perdas de bilhões de dólares para seus acionistas, sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles e quando falo procuro evitar ataques”, disse o ex-presidente da estatal nas mensagens divulgadas pelo site.
“No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que poderiam incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”, completou Castello Branco. Randolfe pede que a Procuradoria-Geral da República (PGR) abra um inquérito contra Bolsonaro, que Castello Branco preste depoimento sobre o caso, que o celular citado seja apreendido para ser periciado, e que as mensagens sejam divulgadas, informou o jornal O Globo.
“Se o Presidente da República interfere na gestão de patrimônio público, que é de todos os brasileiros e usado exclusivamente em seu prol, é direito de todos os brasileiros conhecer os fatos”, diz o senador na petição.