Quase metade dos jovens americanos usa maconha — RT World News
Mais de dois quintos dos jovens americanos relatam usar maconha ‘ocasionalmente’, de acordo com dados federais publicados no início deste ano. Com quase metade dos adultos dizendo que já experimentaram a droga e o anúncio do governo Biden de um perdão geral para os condenados por possuí-la, revertendo décadas de proibição federal, a cannabis está encontrando aceitação sem precedentes em um país que já exportou sua ‘guerra contra drogas em todo o mundo.
O uso de cannabis atingiu um recorde histórico nos EUA, com uma pesquisa Gallup de 2021 mostrando que 49% dos adultos americanos experimentaram em suas vidas, e esse número só deve crescer. Cerca de 43% dos homens e 42% das mulheres entre 19 e 30 anos usaram nos últimos 12 meses. Em Vermont, que há muito tempo permite o uso de cannabis medicinal, mas acaba de legalizá-lo para uso recreativo este mês, há mais usuários do que abstêmios com menos de 30 anos.
Mais cinco estados estão prontos para legalizar o uso recreativo de cannabis nas eleições de meio de mandato. Se essas medidas forem aprovadas, será legal para cerca de metade (49%) da população dos EUA, disse a Organização Nacional para a Reforma das Leis da Maconha (NORML) ao The Hill na terça-feira. Talvez sem surpresa, a legalização se correlaciona com o aumento do consumo – por uma margem de cerca de 20%, de acordo com pesquisa publicada no mês passado, enquanto outro estudo encontrou um aumento de 25%. Assim, no Texas, onde a droga ainda é totalmente ilegal, apenas 13% dos adultos e 26% dos jovens relataram uso no ano anterior, mostram dados federais.
Embora os números pareçam mostrar o uso de maconha em alta entre os americanos, o aumento do autorrelato também é um produto do fim do estigma (e penalidades legais) associado a ser usuário. A mera posse de pequenas quantidades da substância levou pessoas à prisão por décadas – mesmo durante a década de 1990, com a ajuda das leis de condenação mínima obrigatória do então senador e atual presidente Joe Biden.
O boom da maconha permitiu que pacientes com condições médicas difíceis de tratar, como câncer ou epilepsia, tivessem acesso ao que poderia ser um medicamento que poderia salvar vidas, sem risco de processo ou estigma social. No entanto, alguns profissionais médicos temem que os riscos associados à cannabis tenham sido minimizados na pressa de corrigir demais por um século de proibição. Um relatório federal de 2013 descobriu que até 30% dos usuários regulares podem ser diagnosticados com “transtorno por uso de maconha”, significando que o uso de drogas interfere nas atividades diárias. A droga é “tão viciante quanto o álcool”, disse o psiquiatra Christian Hopfer ao The Hill, e a potência aumentou enormemente.
Você pode compartilhar esta história nas redes sociais: