Após ter estabelecido o novo registro do mês de agosto, a produção mensal da indústria automotiva em setembro atingiu 207,8 mil, o que representa uma queda de 12,7% em relação ao mês, quando 238 mil veículos saíram das linhas de produção de veículos.

O resultado freou ou ritmo de recuperação da indústria no ano, já que no terceiro trimestre, apresentando números bem mais positivos que os dois anteriores.

De acordo com o senso comum, quase tudo pode ser visto ou pela ótica do “copo meio vazio” ou a do “copo meio cheio”. Ao divulgar os mais recentes números do setor, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (7), o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Automóveis (Anfavea), Márcio de Lima Leite, optou claramente pela segunda visão.

“Historicamente, setembro não repete os bons números de agosto, um mês mais longo e sem feriados”, disse Leite, que na sequência destaca que embora tenha havido queda em relação ao mês anterior, a produção foi 19,3% maior na comparação com o mesmo mês de 2021.

Discurso otimista mascara um ano de produção de veículos

Mas, a realidade é diferente do atual discurso.

“A atual crise de produção de fornecimento dos semicondutores tem sido adotada a fabricação de veículos no mundo todo… à imprensa no dia 6 de outubro de 2021 – ou seja, há exato um ano e dois dias – referindo-se à produção de veículos em setembro daquele ano.

É necessário sobressalto que 2021 foi um ano fraco para a indústria. Bem fraco. No final, a produção de veículos fechou o ano com “ligeira melhoria (11,6%) na comparação com o crítico ano de 2020, mas ainda aquém do potencial de demanda interna e externa por autoveículos”, nas palavras da entidade, à época .

Isto porque em 2020 houve um “hecatombe” causado pela pandemia de Covid-19 – aquele ano havia fechado com um tombo de 31,6% na produção de veículos e “recuou 16 anos”, segundo a Anfavea.

Chegamos a outubro de 2022 e o discurso, agora, é de puro otimismo:

“O fechamento do trimestre representa mais um importante degrau na recuperação do mercado automotivo brasileiro neste ano, após um primeiro trimestre tímido em função da falta de componentes eletrônicos, e de um segundo trimestre de início de melhoria. Na soma dos meses de julho, agosto e setembro, a produção de automóveis foi de 665 mil unidades, 11,6% a mais que no trimestre anterior. Sob o mesmo perspectiva de comparação, as vendas cresceram 14,3% e as exportações recuaram 15,2%.” (Anfavea, 10/07/22)

Anfavea revê expectativas para baixo e agora se contenta com pouco

No início deste ano, o Anfavea 202222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222 estão apresentam, projetando um crescimento de 9,4% na produção de produção. Não se sabe de uma idade anterior de uma meta muito ambiciosa, visto que o número de 2021 era 23,5% menor em relação a 2019 (o pandemia).

Desde janeiro, no entanto, os fatos ocorridos a mostrar que nem sequer seria seria possível. Os resultados decepcionantes obtidos no primeiro semestre do ano obrigaram a Anfavea a revisar para suas expectativas, com um novo crescimento ainda mais modesto, de 4,1%.

Na coletiva de imprensa mais recente, Márcio de Lima Leite que, no acumulado do ano, teve ganhos de 6,3% na produção de veículos, ou que em teses indicam que as mais recentes podem ser superadas.

“Gos de destacar a evolução contínua da média diária de vendas desde janeiro atingindo 9, melhor resultado do ano, indicando que as projeções da Anfavea foram atingidas por dia”, selecionado o presidente da associação.

Na realidade, porém, o fato desalentador de que o número de emplacamentos de veículos, no acumulado de janeiro a setembro, indica que as vendas no varejo nesse período são de 7%, segundo a própria Anfavea.

Assim, por mais que a Anfavea adote o discurso do “copo meio cheio”, a indústria automotiva brasileira caminha, inexorável e infelizmente, para mais um ano medíocre ao final de 2022.

Observação: para conferir os gerais das vendas, exportações e produções de veículos em 2022, até setembro, clique neste link.

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