O presidente de Portgual, Marcelo Rebelo de Sousa, veio para o Brasil para a celebração do centenário do primeiro voo transatlântico Portugal-Brasil
O presidente de Portgual, Marcelo Rebelo de Sousa, veio para o Brasil para a celebração do centenário do primeiro voo transatlântico Portugal-Brasil| Foto: EFE/EPA/RUI MANUEL FARINHA

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, comentou o cancelamento do almoço que teria com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), na próxima segunda-feira (4). “Quem convida é quem pode decidir se mantém ou não o almoço”, disse em entrevista à imprensa no aeroporto de Lisboa, na noite de sexta-feira (1º), antes do embarque para a celebração do centenário do primeiro voo transatlântico Portugal-Brasil.

Mais cedo, Bolsonaro confirmou ter desmarcado a agenda com o mandatário português: “Resolvi cancelar o almoço que ele teria comigo, bem como toda a programação”, porque “ele teria uma reunião com o Lula”.

“É evidente que se Bolsonaro entende que não pode, não quer, não é oportuno, não entra na sua programação e teve a gentileza de confirmar por escrito, não vou a Brasília”, disse. Apesar do ocorrido, o chefe de Estado português, que é filiado ao Partido Social-Democrata, afirmou que “nada” muda nas relações entre Brasil e Portugal.

O presidente de Portugal também disse compreender as “questões políticas” divergentes, citando como exemplo as visões de ambos os países sobre a guerra na Ucrânia. “Eu entendo que há questões políticas. Portugal é aliado da Ucrânia, Brasil não. Agora o almoço é uma questão que não constava no primeiro programa da ida ao Brasil. É possível o almoço, tudo bem. Não é possível, ninguém morre”, completou.