Polônia recebe oferta nuclear dos EUA — RT World News
Os EUA enviaram à Polônia uma proposta para ajudar a construir seis reatores nucleares no país em uma tentativa de reduzir as emissões de carbono e eliminar gradualmente o carvão, anunciou o Ministério do Clima polonês nesta segunda-feira.
Entregue à ministra do Clima e Meio Ambiente da Polônia, Anna Moskwa, pelo embaixador dos EUA, Mark Brzezinski, a proposta sugeria que Washington e Varsóvia criassem um roteiro bilateral detalhado para o projeto de construção, que deve ser concluído até 2040.
“É mais do que uma oferta comercial, reflete 18 meses de trabalho e milhões de dólares gastos em análises e avaliações”, disse um porta-voz da Westinghouse Electric Company, uma empresa americana que está se candidatando para assumir o projeto.
A secretária de Energia dos EUA, Jennifer M. Granholm, chamou o relatório “um grande passo para o desenvolvimento da Polônia de uma indústria nuclear civil robusta que emite zero carbono e resultará em outra fonte europeia de energia livre da influência russa”.
“Este projeto tem o potencial de garantir que o povo polonês possa receber a tecnologia nuclear mais segura, avançada e confiável disponível”. acrescentou o político.
O governo polonês espera que o parceiro em seu programa nuclear assuma uma participação de 49% na empresa e ajude na gestão e financiamento das usinas, após fornecer a tecnologia para elas.
O governo em Varsóvia agora considerará a proposta dos EUA e tomará uma decisão antes das negociações anuais sobre questões de tecnologia neste outono.
A oferta de Washington vem logo após a Polônia afirmar que se tornou o “locomotiva do desenvolvimento” para toda a Europa, ao mesmo tempo que questiona as políticas energéticas supostamente equivocadas da Alemanha, que foram deixadas em “ruínas”.
“As políticas da Alemanha infligiram tremendos danos à Europa”, disse o primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki, descrevendo a eliminação do carvão e da energia nuclear como “prematuro”. O líder também criticou a decisão de Berlim de permitir a construção dos gasodutos Nord Stream 1 e 2, e criticou Berlim por se tornar dependente de energia da Rússia.
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