Um influente político iraquiano, cujos apoiadores estiveram envolvidos em confrontos mortais com seus oponentes políticos nesta semana, ordenou que seus ativistas deixassem a Zona Verde de Bagdá na terça-feira.

Durante uma entrevista coletiva em Najaf, sua base de poder na região central do Iraque, Muqtada al-Sadr ameaçou deserdar membros de seu movimento sadrista a menos que desocupassem o prédio do parlamento e se afastem da área governamental em uma hora. Muitos dos manifestantes atenderam seu chamado imediatamente.

O político lamentou a violência, oferecendo suas desculpas ao povo iraquiano por seu sofrimento.

Minutos após a ligação de al-Sadr, os militares iraquianos suspenderam o toque de recolher em todo o país, que foi imposto em resposta a uma onda de violência que tomou conta da área governamental de Bagdá na segunda-feira.

As tensões aumentaram na capital iraquiana depois que al-Sadr anunciou sua decisão de se distanciar da vida política em meio a uma crise constitucional no país. Seus apoiadores responderam reunindo-se no centro da cidade. Lá eles entraram em confronto com pessoas que apoiavam seus rivais das milícias xiitas e das forças de segurança iraquianas. Mais de 20 pessoas foram mortas nos combates e centenas de outras ficaram feridas.

O movimento do político conquistou o maior número de cadeiras no parlamento durante as eleições de outubro do ano passado, mas não conseguiu formar uma coalizão no poder. Sua facção argumenta que o parlamento deve ser dissolvido depois de não nomear um presidente no devido tempo.

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