Toneladas de pneus inservíveis (AM) e na periferia da cidade de Manaus, já em área de Floresta Amazônica e acumulada de armazenamento de mosquito criado para animais localizadosegypti – serão recolhidas água e transportadas por contêineres até uma recicladora na Região Metropolitana de Curitiba (PR).

A ação faz parte do programa Brasil Rodando Limpouma iniciativa da Associação Brasileira de Empresas de Reciclagem de Pneus Inservíveis (Abrp) que busca viabilizar uma implantação de sistemas de coleta, transporte e destino final (logística reversa) de pneus nos centros urbanos de todo o Brasil.

Descarte de pneus é problema grave em Manaus

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De acordo com o presidente da Abrerp, Joel Custódio, a situação de Manaus é grave, com pilhas de pneus velhos acumulados em canteiros no meio de avenidas e em cemitérios clandestinos abertos na floresta.

“Eu estive lá recentemente e pude ver e registrar em vídeo a situação alarmante de descarte inadequado na natureza que, infelizmente, se repete em outras cidades do Brasil”, afirma Custódio.

“Nosso objetivo não é indicado o dedo para ninguém. Demonstrar que não adianta, mobilizar o problema para o outro é preciso é preciso para o envolvimento de todos os recicladores – consumidores, lojistas, fabricantes, importadores, poder público e como solução – a solução está no engajamento de todos”, o presidente da entidade, que representa 14 recicladoras presentes em 20 Estados do Brasil.

Lei nº 12.305 e os pneus reciclados

A lei nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, atribui a todos os integrantes do ciclo de utilização de cada produto como responsabilidade por sua destinação final. “O desenvolvimento sustentável só pode, é defender a viabilidade econômica, senão a utopia”, Custódio.

“Por isso a Abrerpi criou o Programa Brasil Rodando Limpo, Por uma plataforma digital disponível sem custo de entidade, que integra os exercícios de exercício dos sites operacionais na cadeia do pneu, organizando desde a coleta até a destinação final”, afirma.

O executivo que, atualmente, em Manaus não existe demanda por substituto de borracha que justifique a instalação de uma recicladora, e como eles estão mais próximos, segundo ele, ficam muitas milhas de distância, inviabilizando economicamente um destino ambientalmente adequado.

“Nós queremos iniciar o debate na região, o poder público e a sociedade organizada buscar uma solução definitiva. Para a realidade do Amazonas, com grandes distâncias como cidades, talvez seja incentivado o uso do substrato de borracha na produção do asfalto”, incentiva.

Como recicladoras normalmente picam os pneus em pedaços e vendem para fábricas de cimento ou trituram a borracha para mistura na composição do asfalto (aumentando sua resistência e durabilidade). O material também pode ser utilizado na fabricação de vários produtos, como grama sintética, tapete de automóveis e tapetes de sapato.

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