Petróleo cai, com foco do Fed contra inflação elevando medo de recessão Por Reuters
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Por David Gaffen
NOVA YORK (Reuters) – Os contratos futuros de caíam pelo terceiro dia nesta quarta-feira, com perspectiva de demanda de combustível mais fraca e o aumento das taxas de juros dos Estados Unidos superando temores com a oferta após o corte da Opep+ da meta de produção.
Os futuros de petróleo perdiam 1,7%, a 92,68 dólares o barril por volta de 12h25 (horário de Brasília). O petróleo WTI recuava 2%, a 87,57 dólares.
Na semana passada, juntamente com aliados como a Rússia, o grupo fez os preços subirem ao concordar em cortar a oferta em 2 milhões de barris por dia (bpd).
O mercado de energia também está sob pressão do , que subiu contra moedas como o . O compromisso do Federal Reserve de continuar elevando os juros para conter a inflação impulsionou os rendimentos e enviou investidores para o dólar.
A inflação para o produtor dos EUA aumentou as preocupações nesta quarta-feira, com os preços no atacado subindo mais do que o previsto. Um dólar mais forte torna as commodities denominadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas e tende a pesar sobre o petróleo e outros ativos de risco.
“No curto prazo, você não pode lutar contra o Fed”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group em Chicago. “Em algum momento, o petróleo vai se desconectar disso – quando você entrar no inverno, não vai se importar com a inflação.”
A Opep cortou nesta quarta-feira a previsão de crescimento este ano em 460 mil barris para 2,64 milhões de por dia, citando medidas de contenção da COVID-19 da China e a alta inflação.
“A economia mundial entrou em um momento de maior incerteza e desafios crescentes”, disse a Opep em seu relatório mensal.
A decisão da Opep irritou os Estados Unidos, com o presidente Joe Biden prometendo “consequências” para as relações com a Arábia Saudita após a mudança, devido ao atual aperto no fornecimento em todo o mundo.
Empurrando os preços ainda mais para baixo, o Fundo Monetário Internacional cortou na terça-feira a previsão de crescimento global para 2023 e alertou para o aumento do risco de uma recessão global.
(Reportagem adicional de Noah Browning, Mohi Narayan e Isabel Kua)