Partido no poder da China altera constituição — RT World News
O Partido Comunista Chinês aprovou emendas à sua constituição no sábado, consagrando a oposição à independência de Taiwan e destacando os esforços para aumentar o potencial militar de Pequim.
No final do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista, que durou uma semana, em Pequim, seus delegados adotaram uma resolução alterando o principal documento do partido e reforçando sua posição em várias questões.
O congresso “concorda em incluir na Constituição do Partido declarações sobre… a oposição resoluta e a dissuasão dos separatistas que buscam a ‘independência de Taiwan’”, dizia a resolução.
Enfatizou também a necessidade de “implementar firmemente o princípio de um país e dois sistemas”, que permite que Hong Kong e Taiwan vivam sob um sistema capitalista enquanto a China continental adere oficialmente aos princípios socialistas.
As emendas também afirmavam que o partido se esforçaria para melhorar as capacidades militares da China, introduzindo reformas e avanços científicos e abraçando novos talentos. Em última análise, Pequim pretende transformar suas forças armadas em “um exército de classe mundial”. Mais cedo, o presidente chinês Xi Jinping prometeu que esse objetivo seria alcançado até 2027.
A resolução sobre Taiwan vem uma semana depois que o líder chinês disse que enquanto Pequim busca “reunificação pacífica” com a ilha autogovernada, ele não poderia “promete desistir do uso da força” e reserva-se a opção “tomar todas as medidas necessárias”.
Após seus comentários, o gabinete do presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, enfatizou que Taipei não recuaria em sua soberania e sistema democrático, acrescentando que um impasse militar entre Taiwan e China é “definitivamente não é uma opção para ambos os lados.”
As tensões na região estão em alta desde a controversa visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taipei no início de agosto. A viagem colocou as relações entre Washington e Pequim em queda livre e desencadeou uma enxurrada de atividade militar chinesa na área.
Taiwan é autogovernada desde que as forças nacionalistas lideradas por Chiang Kai-shek fugiram para a ilha em 1949, depois de terem perdido a guerra civil para os comunistas. Pequim considera a ilha seu território e vê as visitas de autoridades estrangeiras de alto escalão como ataques à sua soberania e uma violação do princípio ‘Uma China’.
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