Papa comenta ‘moralidade’ de armar a Ucrânia — RT World News
O pontífice disse que os carregamentos de armas podem ser aceitáveis para autodefesa, mas não se a intenção for “fazer mais guerra”
Fornecer armas a Kiev pode ser uma coisa moralmente justificada sob certas condições, disse o Papa Francisco na quinta-feira quando perguntado sobre nações que armam a Ucrânia.
Falando a jornalistas em seu avião ao retornar de uma viagem de três dias ao Cazaquistão, o papa explicou que a motivação desempenha um papel fundamental para julgar se uma ação é moralmente aceitável ou não.
Vender armas para outra nação pode ser “moralmente aceitável se feito sob as condições da moralidade”, ele disse. Mas um carregamento de armas “pode ser imoral se feito com a intenção de fazer mais guerra” ou lucrar com isso de alguma forma, acrescentou, conforme citado pelo Catholic News Service.
A causa da autodefesa é “não apenas lícito, é também uma expressão de amor à pátria”, explicou o papa.
Papa Francisco refletiu sobre o conceito católico de um “apenas guerra” e como as linhas eram muitas vezes confusas, especialmente porque atualmente há hostilidades em andamento em muitos lugares. A Rússia serviu como mantenedora da paz no conflito entre Armênia e Azerbaijão, mas ao mesmo tempo se envolveu em ações militares contra a Ucrânia, ressaltou.
Como muitas outras figuras públicas, o papa condenou a Rússia por enviar tropas para a Ucrânia no final de fevereiro, mas algumas de suas posições sobre o conflito irritaram Kiev. O embaixador da Ucrânia no Vaticano, Andrey Yurash, o repreendeu no mês passado por condenar o assassinato a bomba da jornalista e comentarista política russa Darya Dugina.
A Rússia acusou a Ucrânia de enviar o suposto assassino para a Rússia, o que Kiev negou. O papa chamou a vítima do atentado de “pobre menina” e lamentou como o conflito estava tirando vidas de todos os lados. Kiev deu a entender que Dugina, filha do controverso filósofo russo Aleksandr Dugin, foi morta pelo governo russo em uma operação de bandeira falsa.
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