Otimismo econômico reduz rejeição de Bolsonaro, diz pesquisa BTG/FSB
A pesquisa BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira (8) apontou que a população entrevistada está mais otimista na recuperação econômica e na queda da inflação, fatores que têm impactado na avaliação ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A FSB avaliou junto aos entrevistados a situação econômica do Brasil. Em 25 de abril, 62% dos eleitores avaliavam que o país estava em crise e com dificuldade de se recuperar, indicador que caiu para 56% no levantamento da primeira semana de agosto.
A expectativa para a baixa da inflação nos próximos três meses também é notada entre os eleitores ouvidos pela FSB. O indicador apontou que 70% dos entrevistados analisavam que a tendência era de aumento geral nos preços em 30 de maio, mas na pesquisa desta segunda-feira esse índice diminuiu para 44%.
Em contrapartida, os eleitores que disseram confiar na queda da inflação nesse período subiram de 9% em 30 de maio para 29% em 8 de agosto. Outros 23% analisam que os preços devem se manter iguais até o fim de novembro.
Na análise feita pelo levantamento, a comparação entre potencial de voto e rejeição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Bolsonaro chegou no menor patamar desde março deste ano, quando a FSB iniciou os levantamentos.
O potencial de voto de Lula chegou a marcar 57% em março e desacelerou para 52% na pesquisa da primeira semana de agosto. Já o percentual de Bolsonaro registrou 39% em 25 de julho e agora subiu cinco pontos.
A rejeição a Bolsonaro também vem registrando queda. Após marcar por duas vezes consecutivas 58%, o índice caiu cinco pontos percentuais na pesquisa desta segunda-feira. Como comparação, Lula registrou alta de três pontos, de 42% para 45%, nesse mesmo indicador.
Queda no preço dos combustíveis ajuda Bolsonaro
O levantamento BTG/FSB também estudou a percepção dos eleitores sobre o preço dos combustíveis. 63% dos entrevistados acreditam que o valor pago nas bombas caiu no Brasil, enquanto 28% apontam alta nesse índice.
Indagados sobre quem eram os responsáveis pela redução no preço dos combustíveis, os eleitores citaram Bolsonaro em primeiro com 42%, seguido pelos governantes dos estados (12%) e pelos deputados federais e senadores (10%).
Esse indicador é maior com o recorte dos eleitores que perceberam a queda no valor dos combustíveis. 50% desses entrevistados apontam que Bolsonaro é o principal responsável pela queda no preço pago nas bombas.
Metodologia das pesquisas citadas
O Instituto FSB Pesquisa ouviu, por telefone, dois mil eleitores entre os dias 5 e 7 de agosto de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pelo banco BTG Pactual e está registrada no TSE com o protocolo BR-08028/2022.
O Instituto FSB Pesquisa ouviu, por telefone, dois mil eleitores entre os dias 22 e 24 de julho de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pelo banco BTG Pactual e está registrada no TSE com o protocolo BR-05938/2022.
O Instituto FSB Pesquisa ouviu, por telefone, dois mil eleitores entre os dias 27 e 29 de maio de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pelo banco BTG Pactual e está registrada no TSE com o protocolo BR-03196/2022.
O Instituto FSB Pesquisa ouviu, por telefone, dois mil eleitores entre os dias 22 a 24 de abril de 2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pelo banco BTG Pactual e está registrada no TSE com o protocolo BR-04676/2022.