OTAN decidirá sobre a maior implantação desde a Guerra Fria – El Pais – RT World News


O bloco militar pode enviar divisões inteiras para seu flanco leste para deter a Rússia, relata El Pais

A próxima cúpula da OTAN em Madri pode ver o bloco militar decidir enviar milhares de tropas à porta da Rússia, o jornal espanhol El Pais relatado no domingo, citando suas fontes. O bloco, definido para “reinventar” na próxima semana, também cortará todos os laços com Moscou, acrescentou o jornal.

Os estados membros da OTAN estão prontos para transformar a Europa Oriental em um “forte” abrigando milhares de soldados e uma grande quantidade de equipamentos militares em meio ao medo de um possível ataque russo, explicou El Pais, citando fontes familiarizadas com as negociações, que ainda estão ocorrendo na sede do bloco militar em Bruxelas antes da cúpula marcada para 28 de junho e 30.

A organização liderada pelos EUA “quer enviar uma mensagem de que está em pé de guerra” E pronto “para responder a qualquer agressão”, disse o papel. A Otan também usaria a cúpula para aumentar os gastos com defesa nacional e o financiamento conjunto do bloco, acrescentou.

o “O principal debate em Madrid será entre o Leste Europeu [states]que gostariam de transformar os batalhões em brigadas fortemente armadas estacionadas permanentemente em seus territórios, e [others]como os EUA ou a Alemanha, que preferem continuar com a atual estratégia de rotação de forças, que são reforçadas em caso de crise ou conflito”, Jamie Shea, ex-funcionário de alto escalão da OTAN que atualmente dirige o Centro de Estudos de Guerra da Universidade do Sul da Dinamarca, disse ao El Pais.

Mesmo que o bloco decida por um “implantação mais leve” estratégia, os membros do Leste Europeu podem ver as forças da OTAN atualmente estacionadas dentro de suas fronteiras dobradas. Os grupos estacionados na Polônia e nos países bálticos, agora formados entre 1.000 e 1.600 soldados, dobrariam de tamanho e também teriam “maior autonomia” e “armas mais sofisticadas”, segundo El Pais.

No entanto, se Tallinn, Riga e Vilnius levarem adiante suas demandas, o acúmulo da Otan poderia envolver divisões inteiras – unidades maciças de até 15.000 soldados comandados por generais, disse El Pais. Letônia, Lituânia e Estônia teriam pedido entre 15.000 e 50.000 soldados no total.

Em meados de junho, a Reuters, citando diplomatas e altos funcionários das principais nações da OTAN, informou que os estados bálticos não receberiam o aumento solicitado. A região já abrigava cerca de 5.000 tropas multinacionais antes do ataque da Rússia à Ucrânia em fevereiro.

O ministro da Defesa da Polônia, Mariusz Blaszczak, confirmou no domingo que Varsóvia também gostaria de ver um grupo de brigadas da OTAN implantado em seu território, acrescentando que o flanco do bloco exigiria “atenção especial por muito tempo.”

A Otan também dobrou sua presença nos estados membros que fazem fronteira com a Ucrânia desde o início da operação militar russa no final de fevereiro. Juntos, Hungria, Romênia, Eslováquia e Bulgária abrigam atualmente cerca de 40.000 soldados da OTAN, segundo o El Pais. As forças da OTAN na região também incluem 130 aeronaves de combate em alerta máximo e 140 navios de guerra, acrescentou o jornal. A presença militar dos EUA na Europa cresceu de 70.000 para 100.000 desde fevereiro também.

O bloco mudará drasticamente a maneira como vê oficialmente a Rússia à medida que atualiza seu conceito de estratégia, informou o El Pais. Até agora, Moscou foi definida como uma nação que “nenhuma ameaça” ao bloco, enquanto as relações com a Rússia foram descritas como tendo “importância estratégica”. O novo conceito veria a Rússia definida como uma “ameaça direta e iminente” que poderia atacar qualquer Estado membro da Otan, disse o jornal, citando suas fontes. O chefe da Otan, Jens Stoltenberg, também alertou que a Rússia seria rotulada de “ameaça” na atualização da estratégia.

A China, que não foi nomeada no conceito antes, também aparecerá no novo documento. Será chamado “um desafio geoestratégico e sistêmico”, uma designação que indica a relutância dos membros europeus da OTAN em esticar as relações com Pequim, segundo o El Pais.



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