NOVA DÉLHI (Reuters) – A Índia permitiu que unidades voltadas para a exportação e as empresas instaladas em Zonas Econômicas Especiais exportem farinha feita de importado, segundo uma ordem divulgada pelo governo nesta sexta-feira, atendendo às demandas de processadores de alimentos para permitir embarques de produtos de valor agregado.

A Índia permitirá que os processadores de alimentos importem trigo com isenção de impostos mediante o compromisso de exportar farinha, disse o governo no pedido.

Depois que um aumento repentino nas temperaturas em meados de março reduziu a safra de trigo, a Índia, o segundo maior produtor mundial do grão, proibiu as vendas externas do alimento básico para garantir o abastecimento de seus 1,4 bilhão de habitantes.

As exportações de trigo da Índia, também o segundo maior consumidor mundial do alimento básico, aumentaram depois que a invasão da Ucrânia pela Rússia atingiu os suprimentos da região do Mar Negro, resultando em um salto nos preços globais.

Depois de proibir as exportações de trigo em maio, o governo do primeiro-ministro Narendra Modi restringiu as exportações de farinha de trigo em agosto para conter os preços locais.

A proibição das exportações de trigo impulsionou a demanda por farinha de trigo indiana e as exportações de farinha do país aumentaram 200% entre abril e julho de 2022 em relação ao ano anterior, elevando os preços no mercado local.

(Reportagem de Mayank Bhardwaj)