EUA revelam nova estratégia para o Ártico — RT World News
O documento de política enfatiza os desafios da Rússia, afirmando que a cooperação regional com Moscou agora é “praticamente impossível”
A administração do presidente americano Joe Biden lançado sua Estratégia Nacional de dez anos para o Ártico na sexta-feira, que tem um forte foco nos desafios que a Rússia supostamente representa para a influência americana na região.
O documento de política, que não era atualizado desde 2013, descreve “quatro pilares que se reforçam mutuamente” para garantir que a região permaneça “peaceful, estável, próspero e cooperativo.” Os EUA pretendem conseguir isso detendo ameaças, construindo resiliência às mudanças climáticas, permitindo o desenvolvimento econômico sustentável e engajando-se com seus parceiros e aliados.
Enquanto isso, a estratégia também afirma que “Agressão da Rússia na Ucrânia” complicou a cooperação no Ártico em geral, acrescentando que, nas atuais circunstâncias, o envolvimento regional com Moscou se tornou “virtualmente impossível.”
Mantendo-se no assunto da Rússia, um grande player regional, o documento diz que Moscou “investiu significativamente” em sua presença militar no Ártico, modernizando suas bases militares, implantando novos sistemas de defesa e submarinos, além de intensificar os exercícios militares na área.
Também afirma que a Rússia está desenvolvendo nova infraestrutura econômica na região para extrair seus abundantes recursos enquanto acusa Moscou de “tentativa de restringir a liberdade de navegação” ao longo da Rota do Mar do Norte.
À luz disso, os EUA pretendem manter e avançar sua presença militar no Ártico “em apoio à nossa defesa nacional, projeção militar e de poder global e objetivos de dissuasão.” Em particular, isso será sustentado por uma expansão da frota de quebra-gelos da Guarda Costeira dos EUA. Os EUA atualmente operam apenas dois navios desse tipo, enquanto a Rússia tem mais de 40.
Enquanto isso, enquanto os EUA planejam aumentar suas capacidades militares na região, também buscam “gerenciar riscos de mais militarização ou conflito não intencional”, incluindo aqueles resultantes de tensões geopolíticas com a Rússia.
O documento continua dizendo que a China “procura aumentar a sua influência” no Ártico, realizando atividades econômicas, diplomáticas, científicas e militares, acrescentando que Pequim dobrou seus investimentos na região, com forte foco na extração de minerais.
O governo Biden divulgou o documento depois que o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, prometeu no final de agosto que o bloco liderado pelos EUA aumentaria sua presença militar no Ártico, argumentando que Moscou e Pequim representam um “desafio estratégicoe” para a aliança. Afirmou ainda que um “clima em rápido aquecimento” e o derretimento do manto de gelo abriria oportunidades econômicas que podem ser exploradas por “regimes autoritários” como a Rússia e a China.
Após a declaração de Stoltenberg, o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a cooperação de Moscou com outros países do Ártico não representa ameaça a ninguém e destina-se apenas a promover o desenvolvimento econômico. Enquanto isso, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, criticou a OTAN por ainda insistir na Guerra Fria.
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