Forças americanas e britânicas realizaram exercícios no Golfo Pérsico na sexta-feira envolvendo drones navais Saildrone Explorer, anunciou a Quinta Frota da Marinha dos EUA.

Dois navios de guerra dos EUA e dois do Reino Unido, bem como três veículos de superfície não tripulados (USVs), participaram dos exercícios de um dia, realizados na costa do Bahrein.

Como parte dos exercícios, os USVs capturaram imagens estáticas de alvos de treinamento e as encaminharam para as embarcações e para o centro de comando da Quinta Frota no Bahrein. As fotos foram então analisadas por inteligência artificial, disse à AP o comandante Timothy Hawkins, porta-voz da Quinta Frota.

O vice-almirante Brad Cooper, comandante do Comando Central das Forças Navais dos EUA, Quinta Frota e Forças Marítimas Combinadas dos EUA, elogiou os resultados do exercício, dizendo que “Já alcançamos mais hoje do que muitos poderiam imaginar quando começamos.”

“Nosso objetivo é uma rede distribuída e integrada de sistemas operados com nossos parceiros para expandir significativamente até onde podemos ver”, acrescentou Cooper.

Os drones Saildrone Explorer disponíveis comercialmente são movidos a energia eólica e solar e podem permanecer no mar por longos períodos. Isso os torna particularmente atraentes para a Marinha dos EUA no monitoramento da costa de 8.000 quilômetros (5.000 milhas) que se estende desde o Canal de Suez, através do Mar Vermelho até o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico.

“Não importa quais forças você tenha, você não pode cobrir tudo isso. Você tem que fazer isso de forma parceira e inovadora”, disse. Timothy Hawkins apontou.

O Irã, que vê as atividades da Marinha dos EUA perto de suas costas como uma ameaça à segurança, capturou brevemente dois USVs Saildrone Explorer no Mar Vermelho no início de setembro e outro no Golfo Pérsico em agosto. Em ambas as ocasiões, os drones foram liberados assim que um navio de guerra americano chegou à área.

A AP também citou um aviso emitido pela Marinha dos EUA nesta semana, alertando que continuará a “operar legalmente em águas internacionais e através de estreitos de acordo com direitos e liberdades internacionalmente reconhecidos” e que qualquer interferência com o hardware “será considerada uma violação das normas do direito marítimo internacional”.

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