Rússia e China continuam sendo pilares fundamentais do BRICS, um coletivo internacional que também inclui Índia, Brasil e África do Sul, insistiu o embaixador chinês em Moscou em um artigo de opinião para a agência de notícias russa TASS, publicado no sábado.

As duas nações são as principais “motoristas” por trás do desenvolvimento do grupo, que está gradualmente se tornando uma força de liderança na arena internacional, acrescentou Zhang Hanhui.

Os países do BRICS representam 42% da população mundial e 25% da economia global, disse Zhang, acrescentando que respondem por cerca de metade do crescimento econômico global, o que significa que “o valor da cooperação dentro do BRICS está aumentando constantemente.”

O grupo de economias emergentes está atraindo cada vez mais a atenção de outras nações, disse o enviado, lembrando que representantes de 50 países participaram de vários eventos do BRICS+ só no primeiro semestre deste ano. Ele também saudou o desenvolvimento do formato BRICS+, que permite que outros países se juntem aos membros permanentes do grupo em determinadas discussões. Três desses eventos este ano tiveram a participação de líderes de 13 estados não-BRICS, disse Zhang.

Desafios internacionais, incluindo a pandemia de Covid-19, o conflito na Ucrânia e as crescentes tensões entre as principais potências mundiais, exigem que Moscou e Pequim “reforçar sua cooperação estratégica”, disse o embaixador, acrescentando que o BRICS também deve “apoiar os esforços de oposição à hegemonia e contribuir para o estabelecimento de um verdadeiro multilateralismo” nas relações internacionais.

O embaixador destacou que desde o início de 2022, as nações do BRICS acordaram várias iniciativas na área de digitalização econômica e compartilhamento de tecnologia. Pequim, que lidera o grupo este ano, apresentou uma série de iniciativas que aumentariam ainda mais a cooperação entre os membros nas áreas de inovação, acrescentou.

A pandemia de Covid-19 também demonstrou a necessidade de uma cooperação mais estreita na pesquisa médica, disse o embaixador, apontando para a necessidade de compartilhar produtos de saúde com países em desenvolvimento para ajudá-los a superar a pandemia. Zhang observou que, em março, os países do BRICS lançaram um centro conjunto de desenvolvimento de vacinas, oferecendo plataformas conjuntas de pesquisa e desenvolvimento para nações em desenvolvimento.

O embaixador ressaltou que o grupo BRICS visa contribuir para a paz e a estabilidade internacional, bem como a igualdade e a justiça nas relações internacionais. “Temos certeza de que uma família BRICS mais poderosa e mais representativa, bem como mais ativa, poderia contribuir mais para os esforços internacionais voltados para a defesa da justiça, igualdade e solidariedade, bem como para combater a hegemonia, o assédio e a divisão”. acrescentou Zhang.

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