O Tribunal Distrital de Haia estabeleceu 17 de novembro como uma data provisória para sua decisão no julgamento de quatro suspeitos na queda do voo MH17 da Malaysian Airlines, disse em um anúncio na segunda-feira.

Pode levar cerca de meio dia para o tribunal ler o veredicto, disse o comunicado, acrescentando que a data do processo pode estar sujeita a alterações.

As autoridades holandesas acusaram quatro pessoas, um ucraniano e três russos, de lançar um míssil antiaéreo e atingir o voo MH17 sobre a Ucrânia em 2014. Todas as 298 pessoas a bordo morreram no incidente.

O julgamento é realizado à revelia, com apenas um réu enviando advogados para representá-lo. Sua equipe argumentou que o processo foi tendencioso contra seu cliente e não conseguiu explorar versões alternativas do que causou a tragédia.

A promotoria pediu prisão perpétua para todos os quatro acusados.

O avião civil foi abatido em meio a intensos combates entre Kiev e forças rebeldes no leste da Ucrânia, que se recusaram a aceitar um golpe armado na capital. A revolta derrubou o presidente eleito Vladimir Yanukovich e trouxe forças nacionalistas ao poder. A Rússia é acusada de fornecer o lançador de mísseis, o que nega veementemente.

A russa Almaz Antey, produtora do sistema de mísseis Buk que derrubou o voo, disse que sua análise contradiz as alegações contra os rebeldes. Ele disse que as evidências apontavam para o ataque vindo de um local controlado pelas forças ucranianas na época.

O Ministério da Defesa russo disse que os números de série encontrados nos destroços do projétil o identificaram como vindo de um estoque ucraniano, que o país herdou durante o desmembramento da União Soviética.

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