Um ataque militante a um posto avançado do exército indiano ocorre antes das festividades do Dia da Independência
Um ataque militante em uma região disputada da Caxemira matou três soldados indianos e feriu outros dois, afirmaram autoridades locais na quinta-feira. Dois supostos agressores também morreram no confronto com as forças do governo.
De acordo com Mukesh Singh, Diretor Geral Adicional da Polícia, pelo menos dois assaltantes armados com armas e granadas, atacaram um posto militar no distrito de Rajouri, no sul da Caxemira. O tiroteio durou pelo menos três horas, disse o funcionário.
“Dois militantes tentando esgueirar-se em um posto no escuro no Pargal [army camp] em Rajouri foram detectados. Eles foram engajados por tropas de alerta”, disse Singh.
O funcionário acrescentou que os dois soldados indianos feridos estão em tratamento.
De acordo com um oficial do exército não identificado citado pela Reuters, a área ao redor do posto foi fechada enquanto as forças de segurança realizavam uma busca.
O ataque ocorre vários dias antes das festividades do Dia da Independência da Índia em 15 de agosto. Também ocorreu perto do terceiro aniversário da revogação da autonomia constitucional da Caxemira.
Muitos caxemires acreditam que a perda do status especial viola os direitos da maioria muçulmana. A autonomia constitucional foi revogada da região em 2019, provocando temores de agitação e desencadeando a condenação do vizinho Paquistão.
A região de maioria muçulmana é um território disputado entre a Índia e o Paquistão há mais de 60 anos, com alguns separatistas pressionando pela independência total e outros buscando se afastar da Índia e se juntar ao Paquistão. A área é dividida em dois distritos – o vale da Caxemira controlado pela Índia e a região dominada pelos hindus ao redor da cidade de Jammu, enquanto o Paquistão detém uma faixa de terra no oeste.
A disputa territorial resultou em vários conflitos armados entre as duas nações desde que conquistaram a independência do Império Britânico.
