A China lançou com sucesso um satélite para observar a atividade solar que será fundamental na previsão do clima espacial, anunciou a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (CASC) do país no domingo.

O satélite, chamado Advanced Space-Based Solar Observatory (ASO-S), foi enviado ao espaço do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste da China, em um foguete Longa Marcha-2D, disse o CASC. De acordo com o China Daily, o ASO-S é o primeiro instrumento da China dedicado ao estudo do Sol.

A sonda de 859 kg começará a operar a uma altitude de 720 km para estudar como o campo magnético solar está ligado a erupções solares e ejeções de massa coronal – que são explosões massivas de plasma. Espera-se que isso ajude a reunir os dados necessários para prever melhor o clima espacial. Tal informação é de utilidade significativa porque vários fenômenos solares são capazes de nocautear equipamentos eletrônicos sensíveis na Terra.

O satélite foi projetado para operar por mais de quatro anos e está equipado com três cargas úteis. Ele também acumulará e transmitirá de volta à Terra cerca de 500 gigabytes de dados por dia.

Uma grande vantagem do telescópio espacial é que ele não pode ser impedido pela rotação do planeta e pelo ciclo diurno.

“ASO-S é capaz de sondar o Sol 24 horas por dia durante a maior parte do ano”, disse Gan Weiqun, principal cientista do satélite, à Xinhua. “Seu tempo limite diário mais longo não é superior a 18 minutos ao percorrer brevemente a sombra da Terra todos os dias de maio a agosto.”

O telescópio em si foi apelidado de Kuafu-1, em homenagem a um gigante da mitologia chinesa que perseguiu o Sol.

A missão ASO-S baseia-se no sucesso do chinês Hydrogen-Alpha Solar Explorer, um pequeno satélite experimental lançado em outubro de 2021, destinado a estudar erupções solares. Esta sonda também foi entregue ao espaço a bordo de um foguete Longa Marcha 2D, atingindo uma altitude de cerca de 517 km.

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