Chefe da OTAN descreve expansão do Ártico — RT World News

Stoltenberg cita “desafio estratégico” da Rússia e da China para justificar a militarização da região polar

A Otan aumentará sua presença militar no Ártico por conta da Rússia e da China representarem um “desafio estratégico” para o bloco lá, argumentou o secretário-geral Jens Stoltenberg, em um editorial antes de sua visita ao norte do Canadá.

O Ártico é “a porta de entrada para o Atlântico Norte, hospedando ligações vitais de comércio, transporte e comunicação entre a América do Norte e a Europa. Garantir a liberdade de navegação e o acesso irrestrito é essencial para manter nossas economias fortes e nosso povo seguro”, disse. Stoltenberg escreveu no artigo, publicado na quarta-feira no Globe and Mail do Canadá.

Devido ao “clima de aquecimento rápido”, grande parte do Ártico estará livre de gelo no verão, o que desbloqueia “oportunidades de rotas marítimas, recursos naturais e desenvolvimento econômico” que pode ser explorado por “regimes autoritários” como a Rússia e a China, argumentou Stoltenberg.

A Rússia está reforçando sua Frota do Norte, enquanto a China planeja uma “Rota da Seda Polar” para a Europa através do Ártico, construindo o maior quebra-gelo do mundo e declarando-se um “estado próximo ao Ártico”, escreveu o ex-político norueguês.

Para contrariar isso, escreveu Stoltenberg, o “aliança defensiva” vai investir em “novas capacidades aéreas e marítimas”, realizar mais exercícios como Trident Juncture e Cold Response, e reforçar sua presença no High North em geral. Os exercícios de Resposta Fria na Noruega, que ocorreram em março e abril, envolveram tropas de 27 países e foram o maior exercício da OTAN no Ártico desde a década de 1980.

Stoltenberg também revelou que visitaria a base aérea de Cold Lake e o radar de alerta antecipado de Cambridge Bay em Nunavut como parte de sua turnê pelo Ártico com o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.

Enquanto Stoltenberg falou sobre a suposta ameaça sino-russa na região, assim que a Finlândia e a Suécia se juntarem formalmente à aliança, sete dos oito membros do Conselho do Ártico pertencerão à OTAN. Todos eles suspenderam suas atividades no órgão de consultoria no início deste ano, citando o conflito na Ucrânia. A Rússia, o único membro não-OTAN do conselho, representa 53% da costa do Ártico e mais da metade da população permanente da região.

A Rússia alertou contra a crescente militarização do Ártico, dizendo que a adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN cria o risco de transformar a região em um “teatro de operações militares”.

Referência: https://www.rt.com/news/561561-nato-strategic-challenge-arctic-expansion/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=RSS

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