Brasil tem 64 roubos e furtos de veículos por hora, segundo IBGE; veja pesquisa
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na quarta-feira (7), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) relativa a furtos e roubos. Os dados são alarmantes: no ano passado, foram registradas 564 mil ocorrências relativas a veículos, incluindo carros e motos. Isso equivale a dizer que o Brasil tem 64 roubos e furtos de veículos por hora.
Confira os dados da pesquisa do IBGE relativos a roubos e furtos de veículos
Ao todo, em 2021, houve 342 mil furtos de veículos no País, sendo 192 mil de carros e 150 mil de motos. No mesmo período, foram registrados 388 mil furtos de bicicleta. Também ocorreram 1,7 milhão de furtos de domicílios e 1,4 milhão de furtos de bens fora do domicílio – essas duas categorias não incluem os delitos em que foram subtraídos veículos e bicicletas.
Com relação aos roubos de veículos em 2021, foram registradas, na pesquisa do IBGE, 222 mil ocorrências, sendo 117 mil envolvendo carros e 105 mil, motos. Já os de bicicleta totalizaram 55 mil. Os roubos de residência somaram 195 mil, número muito inferior aos que ocorreram fora de casa (1,4 milhões) – assim como nos casos do furto, essas duas categorias não incluem roubos de veículos e de bicicleta.
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A analista do IBGE Alessandra Scalioni ressalta que os números da PNAD Contínua podem superar os registros oficiais, pois nem todas as pessoas que são furtadas à polícia. “Ter muito mais furtos de domicílio e fora do domicílio do que furtos de veículos pode não condizer com as estatísticas de registro porque as pessoas podem ter percebido a falta dos bens, mas não procuraram uma delegacia para registrar”, explica.
Mais da metade dos roubos e furtos de veículos acontece no Sudeste
O Sudeste foi a região com maior percentual de participação no total de furtos em todos os tipos. Em 2021, representou 55,3% dos furtos de veículos – 64,1% dos furtos de carros e 44,0% dos de moto.
Considerando o último furto ocorrido nos 12 meses anteriores à entrevista, o principal local de ocorrência dos furtos de carro (75,1%) e moto (68,8%) foram as vias públicas. Já para as bicicletas, o principal local foi algum domicílio (66,3%), que poderia ser o da vítima ou o de outra pessoa, seguido pelas vias públicas (21,9%).
Os furtos de veículos adotaram as maiores taxas de procura pela polícia ou guarda municipal. Uma explicação para esse resultado é o alto valor desses bens e os requisitos para o seguro. “Para acionar o seguro contra roubos de carros e motos, as vítimas precisam do boletim de ocorrência. Por isso, esses casos têm maior procura pela polícia”, destaca a pesquisadora.
Houve essa busca em 80,3% dos furtos de carro, quando considerado o último caso ocorrido nos 12 meses que antecederam a entrevista.
Arma de fogo é o principal tipo usado em roubos
A PNAD Contínua constatou ser mais comum o uso de armas nos roubos de veículos, chegando a 95% no caso dos carros e 86,2% nas motos.
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As taxas de uso de armas de fogo ficaram acima de 60% em todas as categorias de roubos de alunos. A proporção de uso desse tipo de arma superou os 90% nos roubos de carro (97,6%) e no domicílio (90,8%) e ficou próxima disso nos roubos fora do domicílio (87,7%), situação em que o uso de faca ou canivete foi citado em 13,9% dos casos. Mais de um tipo de arma pode ter sido usado em um mesmo roubo.
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Referência: https://garagem360.com.br/brasil-64-roubos-furtos-veiculos-por-hora-ibge-pesquisa/