Biden se opõe a designar a Rússia como patrocinadora estatal do terrorismo — RT World News
Moscou havia alertado que a medida marcaria “um ponto sem retorno” nas relações bilaterais
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou nesta segunda-feira contra a designação da Rússia como um estado patrocinador do terrorismo por causa do conflito na Ucrânia.
Falando a repórteres na Casa Branca, Biden disse “não” quando perguntado se ele acredita que a Rússia deveria ser rotulada como um estado patrocinador do terrorismo.
No mês passado, dois senadores dos EUA – Richard Blumenthal (D-CT) e Lindsey Graham (R-SC) – pediram a Biden que endossasse a medida, em um esforço para aumentar a pressão sobre Moscou. A designação, que é emitida pelo Departamento de Estado dos EUA, significa que os EUA consideram que o país em questão tem “repetidamente forneceu apoio a atos de terrorismo internacional.”
O status traria, entre outras coisas, a proibição de exportações e vendas de defesa, certos controles sobre as exportações de itens de dupla utilização e uma série de restrições financeiras. Apenas quatro países são atualmente designados como patrocinadores do terrorismo – Coreia do Norte, Irã, Cuba e Síria.
Moscou alertou que a designação marcaria “um ponto sem retorno” nas relações entre os dois países. Em agosto, Aleksandr Darichev, chefe do Departamento Norte-Americano do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, sinalizou que o rótulo implicaria “o dano colateral mais grave para as relações bilaterais, até o rebaixamento de seu nível e até o rompimento de todos os laços.”
O Departamento de Estado dos EUA também é aparentemente contra a ideia. Em agosto, o Politico informou que a agência abordou discretamente os escritórios do Congresso, alertando que a designação poderia inviabilizar o acordo de grãos ucraniano e impactar os laços econômicos restantes de Washington com Moscou.
Anteriormente, a Rússia foi designada como um estado patrocinador do terrorismo sobre o conflito na Ucrânia pela Letônia. A resolução parlamentar sobre o assunto também denunciou o que chamou de “violência contra civis em busca de objetivos políticos”, atraindo elogios da Ucrânia.
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