Apagões de inverno improváveis, mas possíveis – Scholz – RT World News
O chanceler alemão disse que seu governo fez o que pode para evitar a falta de energia
O chanceler alemão Olaf Scholz diz que não espera apagões de energia neste inverno, apesar das preocupações levantadas pela oposição, mas se recusou a descartar tal cenário.
“Fizemos de tudo para garantir que não chegasse a isso”, disse. Scholz disse em entrevista à ZDF no domingo, comentando sobre a possibilidade de que os consumidores alemães possam enfrentar cortes de energia.
O chefe do governo alemão estava respondendo a um alerta de Friedrich Merz, líder do partido União Democrata Cristã (CDU), que ele emitiu em entrevista ao Bild no sábado. Merz acusou a coalizão governante de eliminar gradualmente a energia nuclear por razões ideológicas, apesar da atual crise de energia na UE, e disse que a Alemanha corre o risco de “apagões no início do próximo ano” como resultado.
A Alemanha tem três usinas nucleares em operação, que devem deixar de funcionar no final do ano. O governo descartou o adiamento da paralisação após uma revisão em março. Merz pediu a reversão da decisão e disse que as instalações devem continuar a fornecer eletricidade à rede elétrica.
Scholz defendeu as políticas de seu governo, que incluem medidas de economia de energia, esforços para encher as reservas de gás natural e a reativação de usinas a carvão. Ele disse que essas medidas devem ser suficientes para ver o país durante o inverno, acrescentando que a Alemanha terá mais capacidade para embarques de gás natural liquefeito dentro de meses, aliviando as preocupações com a escassez.
Berlim enfrenta a perspectiva de uma crise de energia desde que anunciou sua intenção de dissociar a economia do país dos suprimentos baratos da Rússia. O plano era eliminar gradualmente os combustíveis fósseis russos, com o gás natural continuando na matriz energética por alguns anos. Mas o fluxo da Rússia foi restringido por outros fatores.
A Ucrânia se recusou a bombear combustível russo através de uma das rotas que atravessam seu território depois que a Rússia capturou parte dele. E a gigante russa de gás Gazprom limitou as entregas através do oleoduto submarino direto Nord Stream, citando problemas com a manutenção de equipamentos fabricados na Alemanha devido às sanções ocidentais anti-Rússia.
Autoridades alemãs acusaram Moscou de cortar suprimentos por razões políticas, o que a Rússia nega. O ex-presidente russo Dmitry Medvedev argumentou na semana passada que Berlim não tinha o direito de criticar Moscou em primeiro lugar, já que estava conduzindo uma “guerra híbrida” contra ela.
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