Em certas áreas críticas, a chanceler alemã sugeriu mudar para a votação por maioria
O chanceler alemão Olaf Scholz pediu na segunda-feira aos membros da UE que abandonem o direito de veto em favor da votação majoritária em várias áreas-chave. Tal movimento poderia facilitar a futura expansão do bloco.
Falando na Universidade Charles, em Praga, Scholz argumentou que mudar as práticas de votação pode ajudar a crescer a UE, já que atualmente qualquer membro do bloco pode vetar a adesão de um país candidato. Ele também sugeriu a introdução de votação por maioria em uma série de questões urgentes, incluindo sanções e direitos humanos.
“Onde a unanimidade é exigida hoje, o risco de um país individual usar seu veto e impedir que todos os outros avancem aumenta com cada estado-membro adicional”, disse o chanceler alemão.
Segundo Scholz, “o princípio da unanimidade só funciona enquanto a pressão para agir é baixa”, citando o exemplo da ofensiva militar da Rússia na Ucrânia, que desafiou a forma como a UE aborda a formulação de políticas.
O líder alemão também quer que a UE mude para a votação majoritária em áreas como tributação e política externa, acrescentando que sabe “muito bem que isso também teria repercussões para a Alemanha.”
Scholz observou que Berlim apoia o alargamento da UE, acrescentando que acredita que os países dos Balcãs ocidentais, assim como a Ucrânia, a Moldávia e a Geórgia acabarão por aderir ao bloco e que isso inevitavelmente trará mais diferenças entre os membros.
Tal como está atualmente, qualquer um dos 27 membros da UE pode anular uma decisão apoiada pelos outros países. Isso dá aos pequenos estados uma influência significativa nas políticas do bloco, o que às vezes pode paralisar a tomada de decisões.
