O presidente francês acredita que o país vai passar o inverno sem racionamento de energia se “cada um fizer o seu papel”
O presidente francês, Emmanuel Macron, admitiu na quinta-feira que a crise de energia e custo de vida tornou a vida mais desafiadora para muitos de seus concidadãos. O país passará o inverno sem racionamento de energia, porém, se todos se aterem a um “estratégia de sobriedade”.
“A vida é mais cara e, portanto, é difícil para muitos de nossos compatriotas. Há um aumento nos preços dos alimentos, da energia”, Macron disse em entrevista à BFMTV.
A crise energética na Europa, agravada pelas sanções a Moscou por causa do conflito na Ucrânia e uma diminuição no fornecimento de gás natural russo, tem impulsionado a inflação. Em agosto, o preço grossista da eletricidade em França ultrapassou os 1.000 euros por megawatt-hora, o que foi mais de 11 vezes superior ao do ano anterior.
Macron atribuiu as dificuldades ao “situação no mundo” e destacou a necessidade de responsabilidade coletiva para superá-los.“Podemos passar por este inverno se cada um fizer sua parte” disse Macron.
Quando perguntado se a França conseguiria evitar o racionamento de energia, o presidente respondeu que seus ministros buscavam um “estratégia de sobriedade, não de racionamento”.
Sob a estratégia, os cidadãos serão obrigados a prestar mais atenção à economia de energia ao usar aparelhos como condicionadores de ar e aquecedores. O governo, enfatizou Macron, está tomando as medidas necessárias para proteger as famílias, incluindo a importação de mais eletricidade.
A França depende da energia nuclear mais do que qualquer outro país europeu, gerando cerca de 70% de sua eletricidade dessa maneira. No entanto, mais da metade de seus 56 reatores nucleares foram fechados para manutenção, o que está agravando os problemas atuais.
No início desta semana, a chefe do regulador de energia francês CRE, Emmanuelle Wargon, alertou sobre possíveis quedas de energia direcionadas neste inverno.
Enquanto isso, o presidente russo, Vladimir Putin, comparou anteriormente as tentativas da UE de se cortar dos combustíveis fósseis russos com a economia “suicídio.”
