O ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, registrou um boletim de ocorrência neste sábado (13) após ter seu nome incluído indevidamente em carta da USP. Skaf pede que a polícia investigue o caso. Para assinar o documento, basta o registro de dados básicos como nome completo, CPF, endereço de e-mail e ocupação.
“Como jamais apôs sua assinatura em referido documento e não forneceu seus dados pessoais para tanto, fez contato seu advogado que buscou os responsáveis pela carta para a retirada da assinatura fraudulenta, o que de fato foi feito. Consigna neste ato que foi feito uso indevido de seus dados e que deseja ver os fatos investigados”, diz um trecho do boletim de ocorrência ao qual a revista Veja teve acesso.
Ele também não assinou o manifesto promovido pela Fiesp. Segundo a Folha de S. Paulo, os organizadores da carta da USP afirmaram que irão pedir à Polícia Civil que investigue quem utilizou os dados de Skaf para incluí-lo indevidamente como signatário. Skaf esteve próximo ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos anos. Ele era cotado para disputar uma vaga ao Senado ou ao governo na chapa majoritária apoiada pelo mandatário em São Paulo, mas foi preterido pelos ex-ministros Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Marcos Pontes (PL).
O ex-presidente da Fiesp apoiou a nomeação de Josué Gomes como seu substituto à frente da entidade. Josué é filho de José Alencar (1957-2011), que foi vice-presidente de Lula em seus dois mandatos no Planalto. O novo presidente da Fiesp promoveu o manifesto divulgado no dia 11 de agosto junto com a carta da USP.