Estádio do Flamengo: veja projetos que não deram certo para o clube – Lance
Sonho antigo do Flamengo, o estádio próprio do clube voltou a povoar o imaginário da torcida. A imagem que abre esta galeria é um projeto de 2007. Este, como tantos outros que vieram antes, não deu certo. Relembre nesta galeria as tentativas do Rubro-Negro de ter sua própria casa!
O Flamengo entrou no futebol em 1912 e, em 1938, inaugurou o Estádio da Gávea. No entanto, com a abertura do Maracanã, em 1950, o Rubro-Negro passou mandar seus jogos no Maior do Mundo, que pertence ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. A partir dos anos 90, o clube passou a detectar a importância de ter uma casa própria com grande capacidade, mas os planos não deram certo a longo prazo por diferentes motivos. Lembre aqui projetos de estádios do Flamengo que acabaram não vingando.
Nova Gávea (1994): O presidente Luiz Augusto Veloso queria fugir das altas taxas do Maracanã, que davam grandes despesas em duelos contra times de menor investimento, e implantou, em parceria com uma empresa privada, arquibancadas tubulares no estádio, ampliando a capacidade da Gávea de 4 mil para 25 mil torcedores. Assim, o Fla se dividiu entre jogos grandes no Maracanã e partidas de menor expressão na Gávea.
Apesar do sucesso inicial, o projeto não ganhou corpo a longo prazo e terminou em 1997. O último jogo profissional do Fla na Gávea aconteceu em 27 de abril de 1997, quando venceu por 3 a 0 o Americano (partida na imagem), pelo Campeonato Carioca daquele ano.
Arena Petrobras (2005): Com o Maracanã fechado para as obras dos Jogos Pan-Americanos, o Flamengo se juntou ao Botafogo na busca por uma casa e os clubes decidiram compartilhar o mesmo palco, reformando o Estádio Luso-Brasileiro, casa da Portuguesa (RJ), que tinha capacidade para 5 mil pessoas. A Petrobras bancou as obras e ampliou a capacidade do estádio para 30 mil lugares, colocando arquibancadas tubulares.
O projeto durou cerca de um ano. Com o Maracanã reformado e atrativo para as torcidas, a Arena Petrobras teve seu ciclo encerrado.
Engenhão rubro-negro (2007): O Flamengo cogitou fortemente entrar na disputa pela gestão do Estádio Olímpico João Havelange, hoje Nilton Santos e comandado pelo Botafogo. O presidente Márcio Braga chegou a visitar o estádio, acompanhado do secretário municipal de obras do Rio de Janeiro, Eider Dantas. O próprio Flamengo, em seu site oficial, chegou a destacar a possibilidade de fazer do Engenhão a sua casa.
No entanto, o Fla recuou no desejo por dois motivos: no primeiro, havia a promessa de que o Maracanã também abriria uma concessão a um único clube, algo que interessava mais. Porém, isso não aconteceu. No segundo motivo, Márcio Braga se empolgava mais com uma arena na Gávea como plano B ao Maracanã. Essa é a próxima história…
Arena da Gávea (2007): A intenção era construir uma arena para 30 mil lugares na sede da Gávea, que passaria por uma revitalização.
Além do estádio, aconteceria a ampliação das instalações para esportes olímpicos, expansão da sede social e construção do Centro de Excelência de Remo, além de espaço para um centro de compras, que teria lojas, cinemas e restaurantes, tudo funcionando todos os dias. O projeto foi vetado pelo governador Sérgio Cabral, por conta do impacto que teria no trânsito da região da Gávea.
Possibilidade no ar (2015): O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, afirmou que a construção de um estádio não era um sonho distante.
Bandeira de Mello ainda deu detalhes sobre o possível novo estádio:
Ilha do Urubu (2017): O Maracanã trocou de gestão e os moldes não foram do agrado do Flamengo, que decidiu, em janeiro de 2017, montar sua casa novamente no Estádio Luso-Brasileiro, chegando a um acordo até dezembro de 2019 com a Portuguesa (RJ). O Fla investiu R$ 12 milhões em obras, colocando a capacidade para 20 mil pessoas, com arquibancadas tubulares. A inauguração aconteceu em junho de 2017. No dia, Bandeira de Mello comemorou:
A Ilha do Urubu, no entanto, durou pouco. Internamente, havia insatisfação sobre a capacidade máxima do estádio. Para piorar, em fevereiro de 2018, uma tempestade derrubou duas torres de iluminação do estádio, que assim ficou sem condições de receber jogos. Paralelamente, o Flamengo conseguiu chegar a um acerto com o Maracanã e rompeu o contrato com a Portuguesa (RJ em julho de 2018.
Estádio de Pedra de Guaratiba (2017): O conselheiro Maurício Rodrigues apresentou um projeto de estádio em Pedra de Guaratiba, após o Recreio dos Bandeirantes, quase chegando a Santa Cruz. O estádio em Guaratiba teria capacidade para 45 mil torcedores.
Apesar das imagens impressionantes no projeto, a ideia não chegou a evoluir internamente no Flamengo.
Estádio na Avenida Brasil (2017): Também na administração de Eduardo Bandeira de Mello, o Flamengo assinou um termo de opção de compra de um terreno de 160 mil metros quadrados na Avenida Brasil, em Manguinhos.
A ideia era construir uma arena que recebesse de 50 a 55 mil torcedores. As obras custariam de R$ 400 milhões a R$ 420 milhões, mas o clube desistiu do projeto em 2018, após avaliar que a região não oferecia boas condições de segurança. Foi o último plano mais concreto do Flamengo até os dias de hoje.
EXTRA – Everestão (anos 2000): Diversas lendas sobre o novo estádio do Flamengo também surgiram na internet nas últimas décadas. Uma das mais famosas é o Everestão, o super-estádio que o Flamengo iria construir, com capacidade para 1 milhão de torcedores. O viral se espalhou pelo Orkut e, na época, teve gente que criou esperança.