ato reúne multidões e lembra carnaval no Rio
A multidão que celebrou os 200 anos de independência do Brasil na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, lembrou festas bem cariocas, como o carnaval e o ano novo. Discursando de um trio elétrico, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, disse que a economia do Brasil está decolando, disse que vai “jogar nas quatro linhas” e, ao fazer referências à vida pregressa de outros candidatos, afirmou que o Brasil está em um momento de decisão.
Entre o público, a tônica foi a liberdade. Ou seja, muitos vieram se manifestar por eleições não manipuladas e pela defesa das liberdades individuais. “Eu vim aqui hoje para demonstrar o meu amor pelo Brasil e que estou disposto a lutar pelos nossos direitos, pela nossa liberdade, por eleições limpas”, disse o representante comercial Éder Silas dos Reis, de 46 anos, que viajou do Espírito Santo para passar o feriado no Rio.
O clima era de muita alegria, com pessoas fantasiadas, bandeiras gigantes e movimentos de diversos matizes de direita. Motoqueiros participaram de uma motociata e depois se juntaram à multidão na Avenida Atlântica.
O presidente Jair Bolsonaro participou de uma cerimônia cívica ao lado do candidato a vice, general Braga Netto, do general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, e do comandante militar do Leste, general André Novaes, entre outras autoridades.
Houve apresentações de acrobacias aéreas, show de bandas marciais e pouso de paraquedistas na areia da praia, perto da multidão.
Normalmente as comemorações do Sete de Setembro ocorrem na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, em frente aos Campos de Santana – local onde, em 1822, Dom Pedro I reuniu as primeiras tropas do que viria a ser o Exército Brasileiro para expulsar os portugueses. As mais de 50 batalhas de independência durariam ainda mais de um ano.
O Dia da Independência normalmente é marcado por paradas militares e exibição de carros blindados, viaturas policiais e helicópteros. No bicentenário, porém, não havia tropas e “tanques”.
Eles foram substituídos por uma parada naval que reuniu as principais embarcações da Marinha, na orla de Copacabana. Desfilaram o porta-helicópteros Atlântico, o Cisne Branco e o submarino Riachuelo, que foi construído no Brasil e incorporado à esquadra há algumas semanas.
A cerimônia foi encerrada com uma Salva de Gala de 21 tiros disparados por navios da esquadra fundeados próximos ao Forte de Copacabana.
Para não fazer uso da máquina pública, Jair Bolsonaro desceu da arquibancada montada pelas autoridades públicas e subiu em um trio elétrico, de onde discursou. Ele defendeu temas de campanha como o combate à legalização das drogas e a defesa da vida. O discurso ocorreu por volta de 16h e durou pouco mais de dez minutos.
A multidão começou a se dispersar logo depois, mas a festa foi até o anoitecer.