As Ilhas Salomão proibiram temporariamente os navios da Marinha dos EUA de entrar em seus portos meses depois que o país assinou um acordo de segurança e cooperação com a China, informou a embaixada dos EUA em Canberra, na Austrália.

“Em 29 de agosto, os Estados Unidos receberam notificação formal do governo das Ilhas Salomão sobre uma moratória em todas as visitas navais, pendentes de atualizações nos procedimentos protocolares”, afirmou a embaixada.

Entretanto, Manasseh Sogavare, primeiro-ministro da nação do Pacífico, pediu aos parceiros do país que dessem algum tempo ao governo para pôr em prática um novo procedimento de aprovação de visitas portuárias. De acordo com o comunicado do ministro, que foi enviado por email à Reuters, quando adotadas, as novas regras “se aplicará universalmente a todas as embarcações navais visitantes.”

Sua declaração continuou dizendo que a nação tinha “experiências infelizes de navios da marinha estrangeira entrando nas águas do país durante o ano sem autorização diplomática concedida,” sem fornecer detalhes.

A suspensão ocorre após um incidente em 23 de agosto, quando um navio da Guarda Costeira dos EUA solicitou permissão para parar e reabastecer, mas não recebeu resposta das autoridades das Ilhas Salomão. Na época, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, disse que Washington estava “decepcionado com esta decisão.”

Em resposta, Sogavare alegou que o navio dos EUA havia recebido permissão para atracar, mas quando foi concedida, o navio americano já havia deixado as águas do país, aparentemente indo para Papua Nova Guiné.

Em abril, as Ilhas Salomão assinaram um pacto de segurança com a China para lidar com ameaças de segurança e garantir um ambiente seguro para investimentos. A medida, no entanto, não agradou a vários países ocidentais, com os EUA dizendo que Washington estava preocupado com “a falta de transparência e a natureza não especificada” do acordo. A Austrália, por sua vez, expressou preocupação de que o tratado tivesse o “potencial para minar a estabilidade em nossa região.”

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