A Alemanha manterá sua política de reter suprimentos militares para a Ucrânia que possam ser usados ​​para atacar o território russo, disse o chanceler Olaf Scholz na noite de quinta-feira.

O líder alemão observou que a política ecoa a do presidente dos EUA, Joe Biden. “Acredito que este é o princípio ao qual aderimos junto com os outros”, disse Scholz, durante um evento público na cidade de Magdeburg.

O objetivo de Berlim ao enviar armas é “apoiar a Ucrânia” e “impedir uma escalada da guerra em algo que seria muito diferente”, explicou o chanceler. Ele assegurou que seu governo tem recursos suficientes “prudência, clareza e determinação” para permanecer no curso.

Esta semana, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, uma das defensoras mais expressivas do envio de armas para a Ucrânia, reconheceu que Berlim havia sobrecarregado sua capacidade para a tarefa. Isso tem levado a um “déficit absoluto em nossas próprias ações”, ela disse em entrevista à televisão ZDF.

A posição dos EUA de não dar à Ucrânia as ferramentas para atacar a Rússia é complicada pelo fato de Moscou e Washington discordarem sobre o que constitui território russo. Autoridades americanas disseram que Kiev tinha todo o direito de atingir alvos na Crimeia, a antiga região ucraniana que se separou após o golpe armado de 2014 em Kiev e votou para se tornar parte da Rússia. Kiev a considera uma anexação ilegal e rejeita a mudança de status, assim como Washington.

Autoridades ucranianas afirmaram repetidamente que querem destruir a ponte que a Rússia construiu para conectar a Crimeia ao continente depois que Kiev impôs um bloqueio terrestre da península. A ponte será atacada assim que a Ucrânia tiver armas que possam atacá-la, a menos que a Rússia se retire totalmente da Crimeia, alertaram.

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