Papa condena assassinato de jornalista russo — RT World News
O Papa Francisco chamou a recentemente assassinada Darya Dugina de “menina pobre” que pagou com sua vida “pela guerra”
O papa Francisco denunciou o assassinato da jornalista russa Darya Dugina, que morreu em um carro-bomba no último sábado. O chefe da Igreja Católica descreveu Dugina como um dos muitos “inocentes” que sofreram por causa do conflito na Ucrânia.
Na quarta-feira, a agência de mídia italiana Agenzia Nazionale Stampa Associata informou que o Papa rezou pela Ucrânia e por “tantos inocentes que estão pagando pela loucura, a loucura de todos os lados.” O papa foi citado como proclamando que “guerra é loucura.”
De acordo com o artigo, o Papa Francisco passou a se referir ao assassinato de Darya Dugina, dizendo que pensava “da pobre menina que foi explodida por uma bomba que estava debaixo do banco do carro em Moscou.”
“Os inocentes pagam pela guerra,”, concluiu.
Dugina era filha do filósofo russo Aleksandr Dugin, um pensador controverso conhecido por sua defesa do excepcionalismo russo, que, segundo alguns relatos da mídia, pode ter alguma influência na liderança russa. Enquanto ajudava seu pai com seu Movimento Internacional da Eurásia, Dugina também ganhou algum destaque como jornalista por direito próprio, contribuindo e aparecendo em vários meios de comunicação russos.
Tanto Dugina quanto seu pai apoiavam abertamente a ofensiva militar da Rússia contra a Ucrânia.
O carro que o jornalista estava dirigindo foi explodido em 20 de agosto nos arredores de Moscou, com Dugina declarado morto no local. O veículo pertencia ao pai dela e, segundo diversos meios de comunicação, ele deveria acompanhar a filha, mas no último momento acabou levando um carro diferente.
Dias após o incidente, o FSB, agência de segurança doméstica da Rússia, alegou que havia identificado o assassino – uma ucraniana chamada Natalya Vovk, que supostamente fugiu para a Estônia logo após realizar o ataque.
As autoridades russas acusaram o governo ucraniano de estar por trás do assassinato, algo que o presidente Vladimir Zelensky negou veementemente.
Na quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, alertou que Moscou não mostraria misericórdia para com o “organizadores, os intermediários e os executores” do bombardeio.
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