Giorgia Meloni, uma política de extrema direita que busca se tornar a próxima primeira-ministra italiana, se viu em apuros depois de postar um vídeo de uma mulher ucraniana sendo estuprada por um migrante.

De acordo com as autoridades locais, a vítima de 55 anos foi atacada na cidade de Piacenza no domingo por um requerente de asilo da Guiné. O incidente foi registrado por alguém de seu apartamento com vista para a cena. O suspeito foi detido pela polícia e permanece sob custódia.

Meloni, cujo partido Irmãos da Itália lidera as pesquisas antes das eleições nacionais de setembro, postou o vídeo perturbador no Twitter. Desde então, a plataforma de mídia social removeu a filmagem, dizendo que violou suas regras.

“Não se pode ficar calado diante desse atroz episódio de violência sexual,” Meloni escreveu em seu post. “Um abraço a esta mulher. Farei tudo o que puder para restaurar a segurança em nossas cidades.”

A postagem, no entanto, provocou protestos públicos e ondas de críticas dirigidas a Meloni, inclusive de seus rivais políticos. “É indecente usar imagens de um estupro. Ainda mais indecente fazê-lo para fins eleitorais”, escreveu Enrico Letta, chefe do Partido Democrata Italiano.

Igiaba Scego, um escritor italiano de origem somali, criticou Meloni por explorar a vítima de estupro para seus próprios objetivos. “Oferecido como voyeurismo clickbait em vez de ser protegido. Esta campanha eleitoral é horrível,” ela disse.

A Itália está programada para realizar as eleições em 25 de setembro, após o colapso do governo de Mario Draghi em julho. Giorgia Meloni, a mais eurocética das candidatas, parece liderar a corrida. A candidata a PM também espera um impulso significativo de seus parceiros de coalizão – o partido de direita Liga e o partido de centro-direita Forza Italia, de Silvio Berlusconi.

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