EUA têm ‘sérios problemas’ com a marca da Rússia como patrocinadora do terrorismo – Politico – RT World News
O Departamento de Estado teme que isso possa inviabilizar o acordo de grãos ucraniano e impactar os laços econômicos restantes com Moscou, dizem fontes
O Departamento de Estado dos EUA tem se aproximado discretamente dos escritórios do Congresso, alertando que designar a Rússia como um estado patrocinador do terrorismo pode frustrar o acordo de grãos ucraniano e impactar os laços econômicos restantes de Washington com Moscou, informou o Politico na quinta-feira.
“Várias pessoas familiarizadas com as conversas” disse à agência norte-americana que funcionários do Departamento de Estado têm atuado nos bastidores nos últimos dias, dizendo aos legisladores que há “graves problemas com a legislação”.
As fontes afirmam que há temores de que tal medida possa inviabilizar o acordo de exportação de grãos ucranianos através do Mar Negro, que havia sido acordado entre Moscou e Kiev com mediação turca e da ONU em julho.
O Departamento de Estado expressou a crença de que não havia garantias de que a Rússia cumpriria seus compromissos se fosse alvo tão diretamente dos EUA, apontaram.
O rótulo de estado patrocinador do terrorismo impediria os cidadãos americanos de fazer qualquer negócio com a Rússia. Pode atingir algumas áreas-chave da cooperação entre Washington e Moscou que ainda não foram sancionadas, como aquelas na esfera de materiais nucleares, acrescentaram as fontes.
Os legisladores dos EUA, liderados pela presidente da Câmara, Nancy Pelosi, têm pressionado fortemente para que a Rússia seja colocada na mesma lista que Coreia do Norte, Irã, Síria e Cuba, como punição adicional pela operação militar de Moscou na Ucrânia.
Em julho, o Senado votou por unanimidade em uma resolução não vinculativa instando o secretário de Estado Anthony Blinken a classificar a Rússia como um estado patrocinador do terrorismo. Pelosi também teria alertado Blinken que, se ele se recusar a fazê-lo, o Congresso poderia aprovar a legislação e colocar o rótulo na própria Moscou.
Publicamente, o Departamento de Estado disse que está considerando a opção e que as amplas sanções já impostas à Rússia eram quase equivalentes às restrições associadas ao patrocinador da designação de terrorismo.
A Rússia disse na semana passada que, se a marca fosse adiante, seria “um ponto sem volta” nas relações entre os dois países.
Moscou pode rebaixar ou até mesmo cortar os laços com Washington, e a liderança americana foi avisada sobre isso, apontou o chefe do departamento norte-americano do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Darichev.
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