A partir de quinta-feira, russos com vistos Schengen emitidos pela Estônia estão impedidos de entrar no estado báltico
A decisão da Estônia de barrar o acesso à maioria dos cidadãos russos com vistos Schengen emitidos pelo país báltico entrou em vigor na quinta-feira.
A repressão aos vistos foi aprovada pelo governo em Tallinn na semana passada como parte das sanções contra Moscou por sua operação militar na Ucrânia.
A medida significa que os russos com vistos estonianos estão sendo recusados se chegarem aos postos de controle de Narva, Luhamaa e Koidula na fronteira entre os dois países.
Existem várias exceções à nova regra, incluindo diplomatas e seus familiares; os que se dedicam ao transporte internacional de cargas e passageiros; pessoas com direito à livre circulação ao abrigo do direito da UE; aqueles que têm de entrar na nação báltica por razões humanitárias; e parentes próximos de cidadãos estonianos ou residentes permanentes.
Apesar da proibição de viagem, os vistos emitidos pela Estônia em poder dos russos não foram cancelados e ainda podem ser usados para acessar os outros 25 membros do espaço Schengen, observou o Ministério das Relações Exteriores da Estônia.
Além disso, os cidadãos russos que receberam seus vistos de outros países Schengen também podem acessar livremente o território estoniano por enquanto, acrescentou.
No início desta semana, a Finlândia anunciou que está reduzindo pela metade o número de vistos de entrada disponíveis para os russos, com apenas uma centena de licenças turísticas sendo emitidas por dia.
Tanto Tallinn quanto Helsinque também pediram a proibição total da emissão de vistos de turista Schengen para portadores de passaportes russos.
Enquanto isso, a Estônia está considerando restringir o acesso ao país mesmo para os russos que possuem vistos emitidos por outros membros do Schengen.
De acordo com o chanceler Urmas Reinsalu, as propostas de como fazer isso podem ser apresentadas pelos ministérios das Relações Exteriores e do Interior já nesta semana. Tal medida não seria uma violação das leis da UE, insistiu Reinsalu, apontando que os estados membros fecharam as fronteiras internas da UE no auge da pandemia de Covid-19.
