Procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba
Logo após a condenação, em março, o ex-procurador Deltan Dallagnol se manifestou, afirmando que a decisão “materializa a injustiça na impunidade dos corruptos.”| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou
os recursos apresentados pelo ex-procurador Deltan Dallagnol
e pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e manteve, por
unanimidade, a decisão que condenou
o ex-coordenador da Lava Jato a indenizar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) em R$ 75 mil
por danos morais. O julgamento ocorreu em plenário
virtual encerrado na terça-feira (9). No mesmo julgamento, os ministros negaram
um recurso da defesa de Lula
para aumentar o valor da indenização
.

Logo após a condenação, em março, o ex-procurador
se manifestou
, afirmando que a decisão “materializa a injustiça na
impunidade dos corruptos, ao mesmo tempo em que pune os investigadores que
trabalham contra a corrupção”. Na ocasião, colaboradores de diversas partes do país
organizaram uma arrecadação espontânea para pagar a indenização ao petista em valores
que somaram mais de R$ 500 mil
.

Na ação, o petista acusa o ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato de violar sua honra e sua imagem numa entrevista à imprensa, em 2016, na qual exibiu uma apresentação de PowerPoint colocando-o no centro de uma organização criminosa. No principal slide, o nome de Lula aparecia no centro, rodeado de expressões como “petrolão + propinocracia”, “governabilidade corrompida”, “perpetuação criminosa no poder”, “mensalão”, “enriquecimento ilícito”, entre outras. Todos esses termos tinham setas apontadas para o nome do petista.