BNDES e BID vão avaliar projetos viáveis na área de saneamento
Acordo de cooperação técnica firmado entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai permitir a avaliação prévia da viabilidade de projetos de parceria público-privada (PPP) e de concessão de serviços de água e saneamento, com foco em favelas e áreas rurais do país.
Com recursos doados pelo BID no montante de US$ 350 mil, serão desenvolvidas ferramentas paramétricas que auxiliarão o BNDES no processo de estruturação, especialmente em regiões remotas e de menor viabilidade financeira. A ideia é direcionar e ampliar investimentos para essas localidades, reduzindo os riscos associados e elevando a probabilidade de sucesso para todos os envolvidos.
De acordo com o BNDES, uma das ferramentas estabelecerá parâmetros para avaliar previamente a viabilidade técnica, financeira e econômica de projetos de universalização de água e saneamento de um município, um grupo de municípios ou uma região. “Essa avaliação prévia dará celeridade e permitirá um uso mais eficiente dos recursos empregados na estruturação dos projetos, uma vez que o BNDES terá em mãos, rapidamente, a informação necessária para fazer a modelagem com mais segurança”, disse o banco, por meio de sua assessoria de imprensa.
O BNDES informou que os trabalhos já foram iniciados. “No momento, estamos em fase final de contratação dos consultores externos. A previsão é concluir todos os estudos até o fim de 2022”.
Especialistas das duas instituições vão trabalhar em conjunto com equipes de consultores na criação de uma ferramenta para calcular os custos operacionais (Opex) e de investimentos de capital (Capex) dos serviços de água e saneamento em favelas e áreas rurais. Esses dados serão incluídos nos modelos financeiros dos contratos de PPP e concessões, de modo a viabilizar a definição de ações para atendimento a essas áreas. O modelo a ser desenvolvido será importante para cumprimento da meta de universalização do serviço de saneamento no país, completou o BNDES.