Putin pede aos EUA que parem de ‘saquear’ a Síria

Washington precisa parar de “roubar” petróleo sírio e suspender suas sanções contra Damasco

Os EUA precisam parar “roubando” o petróleo do povo e do Estado sírios, disse o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira, depois de se reunir com seus colegas iranianos e turcos em Teerã. Os três fiadores do “Processo de Astana” também concordaram que os EUA deveriam deixar o trans-Eufrates e parar de piorar a crise humanitária na Síria com suas sanções unilaterais.

As tropas americanas devem deixar o território a leste do rio Eufrates e “pare de roubar o estado sírio, o povo sírio, exportando petróleo ilegalmente”, Putin disse a repórteres na noite de terça-feira. Ele disse que isso era um “posição comum” da Rússia, Irã e Turquia.

Várias centenas de soldados dos EUA estão ilegalmente presentes na Síria, controlando principalmente os poços de petróleo e campos de trigo no nordeste do país, controlados pela milícia das Forças Democráticas Sírias (SDF) desde a derrota dos terroristas do Estado Islâmico (EI, antigo ISIS). A SDF, apoiada pelos EUA, recusou-se a se reintegrar ao governo em Damasco, que Washington deseja ver derrubado.

Desde 2019, os EUA procuram punir qualquer pessoa que tente ajudar na reconstrução da Síria devastada pela guerra através do “Lei de Proteção Civil de César Síria”, acusando o governo do presidente Bashar Assad de crimes de guerra e bloqueando toda a assistência a Damasco.

Putin disse na terça-feira que tais sanções tiveram “resultados desastrosos” e que a ajuda humanitária à Síria “não deve ser politizado”.

Consulte Mais informação

Assad explica por que a Síria está aderindo à Rússia

Durante a cúpula de terça-feira em Teerã, Putin se encontrou com o presidente iraniano Ebrahim Raisi e com o turco Recep Tayyip Erdogan. Em declaração conjunta, os três presidentes confirmaram sua convicção de que “não pode haver solução militar para o conflito sírio”, apenas um político sob a liderança da ONU. Eles também condenaram “sanções unilaterais que violam o direito internacional” que estão exacerbando a grave situação humanitária na Síria, instando a ONU e outras organizações internacionais a “aumentar a assistência a todos os sírios, sem discriminação, politização e pré-condições”.

A Rússia enviou uma força expedicionária à Síria em setembro de 2015, a pedido de Damasco, para ajudar a derrotar o EI e outros grupos terroristas. Em janeiro de 2017, Moscou, Ancara e Teerã lançaram o “Processo de Astana” – em homenagem à capital do Cazaquistão – para resolver o conflito na Síria, que começou em 2011.

Referência: https://www.rt.com/news/559279-putin-iran-turkey-syria/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=RSS

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.