A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou neste sábado (19) contra a transferência imediata do ex-deputado Roberto Jefferson, preso em Bangu 8, no Rio de Janeiro, para um hospital particular. O parecer, assinado pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, foi encaminhado para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta sexta (18), a defesa solicitou a transferência do ex-parlamentar à Corte. Segundo os advogados, os problemas de saúde que Jefferson já apresentava pioraram desde sua mais recente prisão, no dia 23 de outubro. No entanto, a vice-procuradora-geral considerou que a transferência só deve ser autorizada se o presídio não tiver estrutura adequada para realizar o tratamento.
Lindôra solicitou que a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro faça com urgência um “laudo médico que aponte a capacidade ou não do hospital penitenciário tratar o paciente e realizar exames imprescindíveis diante do atual estado de saúde”. A PGR ressaltou que o pedido poderá ser reavaliado após a apresentação do laudo pela secretaria.
Jefferson estava em prisão domiciliar, mas voltou ao regime fechado após descumprir medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Antes de ser preso, o ex-parlamentar divulgou um vídeo ofendendo a ministra Cármen Lúcia. Quando uma equipe da Polícia Federal foi cumprir o mandado de prisão, Jefferson atirou com um fuzil e jogou granadas contra os agentes.