Rádio citada por servidor exonerado diz que PL não enviou inserções
A rádio JM Online, de Uberada (MG), informou em nota oficial (leia aqui) divulgada nesta quarta-feira (26) que o Partido Liberal (PL), do candidato à reeleição Jair Bolsonaro, deixou de enviar as inserções eleitorais em alguns dias do segundo turno, o que teria motivado a ausência das veiculações. A rádio foi citada pelo ex-servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre Gomes Machado, exonerado nesta quarta-feira (26), em depoimento à Polícia Federal (PF).
Machado era responsável por disponibilizar as inserções de propaganda eleitoral a serem veiculadas no rádio e na TV. À PF, ele afirmou que recebeu um e-mail da rádio na qual ela teria confirmado que deixou de fazer 100 inserções da propaganda eleitoral de Bolsonaro entre os dias 7 e 10 de outubro deste ano.
Na nota, a rádio argumenta que desde o início da propaganda eleitoral no primeiro turno vinha recebendo os materiais para veiculação na programação diária da emissora diretamente dos partidos e coligações.
“Todavia, no início do segundo turno das eleições
presidenciais, os mapas e materiais de uma das campanhas deixaram de ser
enviados. Tal fato foi detectado no dia 10 de outubro, oportunidade em que a
emissora questionou a Justiça Eleitoral, por telefone, solicitando orientação
sobre as medidas a serem adotadas”.
A emissora diz também ter acionado o Partido Liberal sobre o
caso, e que a legenda retomou, a partir daí, o envio das inserções.
“Faltando uma semana para o término das eleições, e diante da
ausência de orientação da Justiça Eleitoral sobre eventual necessidade de
reposição das inserções não veiculadas, a emissora houve por bem formalizar a
consulta ao egrégio Tribunal Superior Eleitoral, reiterando por escrito o pedido
de orientação sobre como deveria proceder, se repondo as inserções que faltaram
e de que forma. No entanto, até a presente data a emissora não obteve a resposta
que busca desde o dia 10 de outubro, infelizmente”, prossegue o comunicado.
A Gazeta do Povo contatou a assessoria do PL para obter posicionamento sobre a alegação, mas não obteve retorno até o momento.