O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, deu prazo de 48 horas para a Polícia Federal (PF) prestar informações sobre a abordagem feita ao presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB), na véspera do primeiro turno da eleição. O parlamentar foi abordado no Hotel Ritz Lagoa da Anta e os agentes apreenderam R$ 145 mil. A PF abriu uma investigação sobre suposta compra de votos.
O pedido de Moraes foi encaminhado à Superintendência da PF em Alagoas. O ministro determinou que a corporação “preste as devidas informações” para justificar a ação contra Marcelo Victor. Além disso, o magistrado abriu prazo de 48 horas para o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) prestar “informações que entender necessárias sobre o ocorrido”. Moraes decidiu assumir a relatoria do caso, na condição de presidente do TSE, pois a ação envolve “assuntos relacionados às relações inter-institucionais com outros poderes da República”.
O presidente da Corte eleitoral acatou um pedido apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB), como representante do diretório estadual do MDB. No pedido, Calheiros afirmou que a ação contra seu aliado ocorreu de “forma premeditada” para prejudicar Victor nas eleições. O senador também alega que pode ter “ocorrido interferência política do Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, junto à Superintendência da Polícia Federal, para que fosse realizada a operação”. Calheiros e Lira são adversários políticos na região.