Estudo afirma como a Lua surgiu
Uma simulação de supercomputador sugere que se formou rapidamente depois que um corpo maior atingiu a Terra
A Lua pode ter se formado em horas, e não em meses ou anos, como se acredita, de acordo com um modelo astrofísico avançado desenvolvido por cientistas da NASA com a ajuda de supercomputadores e publicado na semana passada no Astrophysical Journal Letters.
Usando uma resolução mais alta do que estava disponível na época em que a teoria amplamente aceita da origem da Lua foi concebida, na qual um corpo do tamanho de Marte chamado Theia atinge uma Terra primitiva cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, e os detritos resultantes se fundem na Lua ao longo de um período de meses ou anos, o modelo mostra o satélite se formando muito mais rapidamente a partir de material originário da Terra e de Theia.
A simulação mostra Theia, um planeta do tamanho de Marte, colidindo com uma mini-Terra. A crosta externa dos planetas é lançada em órbita a partir do impacto, rapidamente se aglutinando em dois satélites instáveis, o menor dos quais se estabiliza na Lua, enquanto o maior é reabsorvido na Terra.
A nova teoria ajuda a explicar por que a Lua compartilha uma composição mineral semelhante à da Terra, particularmente em sua crosta – um atributo que é difícil de explicar se for composto quase inteiramente de detritos de Theia, como sustenta a teoria predominante.
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Outras teorias existentes que pretendem explicar a semelhança na composição química entre a Terra e seu satélite, como a teoria da sinestia que sugere que a Lua se formou dentro de um redemoinho de rocha vaporizada da colisão de Theia com a Terra, não explicam satisfatoriamente sua órbita.
A NASA espera usar modelagem de alta resolução igualmente avançada em conjunto com novas amostras trazidas de suas missões Artemis planejadas para testar esta e outras teorias da evolução da Lua. Os astronautas da Artemis, o tão esperado retorno da agência espacial dos EUA às missões espaciais tripuladas, terão a tarefa de coletar espécimes das profundezas da superfície da Lua, bem como de partes raramente exploradas do satélite, embora o lançamento da operação permaneça atormentado por atrasos e avarias técnicas.