Rompimento em barragem de MG está descartado, mesmo com alerta

A barragem Córrego do Sítio 2 (CDS II), localizada na cidade de Santa Bárbara (MG), entrou em estado de alerta após uma inspeção técnica encontrar uma trinca na estrutura, que passa por obras de reforço. O aviso foi emitido no começo da noite de sexta-feira (7) e confirmado neste sábado (8).

Em uma postagem nas redes sociais, a mineradora
AngloGold Ashanti afirmou que o alerta em nível 1 foi emitido de forma
preventiva, mas que “não é necessário o acionamento de sirenes ou a evacuação
da zona de autossalvamento, pois não há risco iminente de rompimento”.

A empresa afirma que autoridades competentes,
entre elas a Agência Nacional de Mineração (ANM) que participou da inspeção, estão
de prontidão em caso de um agravamento da situação. Segundo a AngloGold
Ashanti, o alerta em nível 1 é preventivo e “seguirá até a apresentação dos
estudos e análises de auditoria externa especializada, confirmando a segurança
e estabilidade da barragem”.

Barragem semelhante a que se rompeu em Brumadinho

Localizada a 79 quilômetros de distância a leste de Belo Horizonte, a barragem CDS II tem 82 metros de altura e possui licença para funcionar como depósito de rejeitos de mineração de ouro, segundo autorização apresentada pela empresa. O documento afirma que a estrutura começou a funcionar em 1986 construída pelo método de “alteamento” e “montante” em etapas – semelhante à de Brumadinho, onde uma barragem se rompeu em 2019.

Recentemente, a barragem CDS II recebeu uma
declaração de estabilidade da ANM para seguir em funcionamento, em 22 de
setembro de 2022.

O plano de emergência da barragem CDS II é
composto de três níveis de alerta, sendo o 1, emitido neste fim de semana,
apenas para “prontidão” com “potencial de comprometimento da segurança da
estrutura”, porém ainda controlável.

O nível 2 é emitido a partir de uma ocorrência que afete a segurança estrutural da barragem. Neste estado, o documento afirma que a situação “ainda é passível de mitigação e pode ser controlada pelo empreendedor”, com uma evacuação da comunidade “em tempo hábil com segurança”.

O terceiro e último nível expressa uma situação de emergência “fora do controle pelo empreendedor”, de ruptura iminente ou já em andamento. Nesta fase, o documento afirma que a segurança estrutural da barragem chegou em um nível severo e irreversível, em quem “um acidente é inevitável ou a estrutura já se encontra em colapso”.

Referência: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/barragem-mg-alerta-rompimento/

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