Jovens que receberam mensagens de texto sobre sexo seguro acabaram pegando doenças por meio do sexo mais do que aqueles que não receberam, indica pesquisa
Enviar mensagens de texto incentivando o comportamento sexual seguro para jovens que sofreram recentemente uma infecção sexualmente transmissível (IST) não é capaz de impedir que sejam reinfectados, descobriu um estudo britânico.
A eficácia do projeto Safetxt, que visa reduzir as reinfecções de clamídia e gonorreia, foi testada por pesquisadores da London School of Hygiene and Tropical Medicine.
Eles publicaram os resultados do estudo, que envolveu mais de 3.000 pessoas com idades entre 16 e 24 anos, na revista médica BMJ na quarta-feira.
Os participantes foram separados em dois grupos, sendo que um deles recebeu mensagens frequentes do Safetxt e o outro não recebeu nenhum texto.
Os pesquisadores descobriram que 22,2% daqueles que receberam os textos foram reinfectados com clamídia ou gonorreia, em comparação com apenas 20,3% entre aqueles que não receberam.
“A intervenção Safetxt não reduziu as reinfecções por clamídia e gonorreia em um ano em pessoas de 16 a 24 anos. Mais reinfecções ocorreram no grupo Safetxt”, o jornal reconheceu.
Os autores disseram que suas descobertas “destacar a necessidade de uma avaliação rigorosa das intervenções de comunicação em saúde”.
Eles também aconselharam a Organização Mundial da Saúde (OMS) que recomenda o uso de tais mensagens para “revisar seu endosso à comunicação de mudança de comportamento digital para fortalecer os sistemas de saúde, para especificar quais tópicos e conteúdos a OMS endossa”.